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No Tocantins, 45% das áreas queimadas em 2023 foram terras indígenas e unidades de conservação

Relatório do Ministério Público do Tocantins (MPTO) identificou 353 mil hectares de área queimada em terras indígenas
Imagem mostra área florestal atingida por incêndio.

Imagem mostra área florestal atingida por incêndio.

— Joédson Alves / Agência Brasil

28 de maio de 2024

Um relatório técnico do Ministério Público do Tocantins (MPTO) revelou que as queimadas do estado afetaram os territórios indígenas e as unidades de conservação de maneira expressiva. Em 2023, os focos de incêndio atingiram 45% dessas localidades.

Executado pelo Laboratório de Geotecnologias do Centro de Apoio Operacional de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Caoma), do MPTO, o estudo utilizou imagens de satélite para analisar as “cicatrizes” das queimadas, áreas de vegetação afetadas por incêndios que apresentam alterações visíveis no solo e na cobertura vegetal.

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Segundo o relatório, no último ano, aproximadamente 353 mil hectares de terras indígenas (T.I) foram atingidas, concentrando 30% das áreas queimadas. Já as unidades de conservação federais e estaduais somaram 15%, com 178mil hectares queimados.

A T.I mais impactada foi o Parque do Araguaia, que abrange parte dos municípios de Pium, Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia. Cerca de 257.855 hectares foram consumidos pelo fogo, representando 73% da área queimada em todas as terras indígenas da região.

Entre as Unidades de Conservação (UC), a maior área queimada foi a UC Federal Parque Nacional do Araguaia, localizada entre as cidades de Pium e Lagoa da Confusão.

Ao todo, o levantamento identificou cicatrizes de queimadas em 130 cidades do estado, o que representa 94% do Tocantins. Apenas nove dos 139 municípios não apresentaram indícios de queimadas. 

No geral, o relatório aponta para mais de 1,3 milhão de hectares queimados entre 29 de julho e 16 de outubro de 2023, o que equivale a um milhão e 828 mil campos de futebol. 

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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