Pela primeira vez, o evento internacional BrazilFoundation tem como principal mestre de cerimônias uma mulher negra: a bailarina brasileira Ingrid Silva, O evento, que aconteceu na última quarta-feira (12), em Nova York, nos Estados Unidos, reuniu mais de 400 convidados representando o mundo dos negócios, mídia, diplomacia e setores artísticos.
“É de grande orgulho poder participar de mais uma edição da BrazilFoundation, que exerce a filantropia no Brasil e ajuda tantos outros projetos sociais para que nós, brasileiros, tenhamos um futuro melhor. A participação de mulheres negras no evento, ocupando esse tipo de espaço é incrível”, disse Ingrid à Alma Preta Jornalismo.
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O evento bateu o recorde de R$ 6 milhões de reais em arrecadações, que serão investidos em organizações da sociedade civil nas áreas de Educação, Desenvolvimento Socioeconômico, Direitos Humanos e Equidade de Raça e Gênero, e Meio Ambiente. A intenção da fundação é conectar doadores e instituições a organizações filantrópicas: só em 2021, por exemplo, 155 entidades brasileiras receberam ajuda.
“Nos reunimos para celebrar o especial ano de 2022 para a BrazilFoundation, cuja receita já bateu recorde. E o que vimos foi, além de solidariedade, compromisso com o presente e o futuro do Brasil. Entre apoiadores e apoiadoras de longa data e novos colaboradores, que acreditam em nossas ações, conseguimos arrecadar recursos suficientes para continuar investindo na promoção da justiça socioambiental e para ampliar oportunidades para milhares de pessoas no país”, ressalta Rebecca Tavares, CEO da BrazilFoundation.
A jornalista Luiza Brasil e a bailarina Bethânia Nascimento também estiveram presentes no jantar, o que para Ingrid Silva fortalece a representatividade negra e feminina do evento.
Durante o jantar, a Fundação Beatriz Nascimento foi premiada na categoria Direitos Humanos, sendo representada pela filha da matriarca, Bethânia. A entidade foi criada para honrar uma das vozes mais importantes do movimento negro brasileiro e promove a história e a cultura da diáspora global afrobrasileira.
“Ter a Bethânia [Nascimento] recebendo o prêmio no lugar de sua mãe, que foi uma mulher negra muito importante para a história do Brasil, serve como fonte de inspiração. Bethânia foi a pessoa que me deu a primeira oportunidade de ir para os Estados Unidos”, comenta Ingrid.
O show da noite ficou por conta de Paula Lima, da Orquestra de Cordas da Grota, do Rio de Janeiro, com participação de Kelly Pinheiro, além do quarteto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.
“Estar nesse espaço foi muito especial, e que possamos ocupar mais espaços como estes e trazer mais representatividade para esses ambientes”, finaliza a bailarina Ingrid Silva.
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