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Federação francesa de futebol denunciará Seleção Argentina por canto racista e transfóbico

Jogadores argentinos foram gravados entoando canto racista direcionado aos atletas da Seleção Francesa
Seleção argentina durante final na Copa América, nos Estados Unidos.

Foto: Charly Triballeau / AFP

16 de julho de 2024

A Federação Francesa de Futebol (FFF) anunciou que vai denunciar a seleção da Argentina por comemoração racista e transfóbica dos jogadores, após vitória contra a Colômbia na final Copa América.

Em comunicado, Philippe Diallo, presidente da FFF, condenou o que descreveu como “inaceitáveis falas racistas e discriminatórias realizadas contra os jogadores da seleção francesa”. Diallo afirmou que entrará com uma queixa na Justiça contra a equipe sul-americana.

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“Diante da gravidade dessas declarações chocantes, contrárias aos valores do esporte e dos direitos humanos, o presidente da FFF decidiu desafiar diretamente seu homólogo argentino e a FIFA e abrir uma ação judicial pelos comentários abusivos de natureza racial e discriminatória”, diz trecho do comunicado da FFF.

O momento foi registrado em transmissão ao vivo nas redes sociais do volante Enzo Fernández.  Ao retornar para o hotel, os jogadores da Argentina cantaram uma música com ofensas a origem dos atletas franceses negros e insultos transfóbicos.

“Escutem, corre a bola, eles jogam na França, mas são todos de Angola. Que lindo que vão correr, comem transsexuais como o p… do Mbappé. Sua mãe é nigeriana, seu pai é camaronês, mas no documento: nacionalidade francês”, diz a letra da música.

A mesma canção já foi utilizada por torcedores argentinos em 2022, na Copa de Qatar. Na época, as imagens foram divulgadas ao vivo por um veículo de televisão argentino, que suspendeu a transmissão ao perceber o conteúdo racista.

Em publicação no X (antigo Twitter), a ministra de esportes da França, Amélie Oudéa-Castéra, classificou a atitude da Seleção Argentina como “comportamento inaceitável” e cobrou uma reação da FIFA.

Texto com informações da AFP

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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