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Olimpíadas: jogador europeu de vôlei condenado por estupro ficará isolado dos demais atletas

Medida visa garantir segurança de todos os participantes dos Jogos Olímpicos em Paris
Imagem do jogador holandês de vôlei de praia, Steven van de Velde, condenado por estupro e que participará das Olimpíadas em Paris isolado do restante da delegação.

Foto: Reprodução

23 de julho de 2024

Steven van de Velde, jogador holandês de vôlei de praia condenado em 2016 pelo estupro de uma menina de 12 anos, ficará isolado do restante da delegação durante as Olimpíadas de Paris 2024. A decisão foi anunciada pelo Comitê Olímpico Holandês, que afirmou que o próprio atleta solicitou a medida. Van de Velde não ficará na Vila Olímpica e também não terá contato com a imprensa.

O Comitê Olímpico Holandês justificou a medida como forma de “garantir um ambiente esportivo seguro para todos os participantes olímpicos” e destacou que “as medidas estão de acordo com a prática padrão” da entidade.

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Em 2016, Van de Velde confessou ter se envolvido em atividades sexuais criminosas com a criança em três ocasiões em 2014. Ele conheceu a menina pelas redes sociais e, em agosto de 2014, viajou ao Reino Unido, onde a violentou em Milton Keynes, cidade da Inglaterra. O crime só foi descoberto porque ele sugeriu que ela tomasse a pílula do dia seguinte em uma clínica de planejamento familiar, onde a idade dela foi revelada.

Após o crime, Van de Velde retornou à Holanda, mas foi extraditado e preso em janeiro de 2016. Um juiz do Tribunal da Coroa de Aylesbury o sentenciou a quatro anos de prisão, mas ele foi autorizado a completar a pena na Holanda. Cumpriu apenas um ano de pena e retomou as atividades esportivas em 2018.


Kate Seary, cofundadora e diretora da Kyniska Advocacy, que trabalha pela proteção e respeito das mulheres no esporte, repudiou a participação do atleta na competição esportiva: “Sua participação envia uma mensagem a todos que a proeza esportiva supera o crime”, comentou.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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