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Jogador do Flamengo é alvo de racismo de torcedor do Grêmio; clube gaúcho investiga

O atleta Carlinhos diz que torcedores gremistas imitaram macacos no momento que ele saia do campo; Grêmio destaca que já começou a apurar os fatos
Imagem mostra o jogador Carlinhos, do Flamengo, e o jogador Dodi, do Grêmio.

Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

23 de setembro de 2024

Em um comunicado oficial divulgado na noite deste domingo (22), o Flamengo anunciou que o jogador Carlinhos, que foi expulso no início do segundo tempo durante a derrota por 3 a 2 para o Grêmio, foi vítima de ofensas raciais

Segundo o clube, Carlinhos relatou ter ouvido imitações de macaco. Além disso, o Flamengo destacou que em um vídeo publicado pelo jornal Lance!, é possível ouvir claramente uma voz dizendo a palavra “macaquinho”.

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A nota do Flamengo diz que o clube “apoia totalmente o atleta, repudia o ocorrido e aguarda um posicionamento da CBF.” As ofensas ocorreram quando aos 12 minutos do segundo tempo, Carlinhos foi expulso por agredir o zagueiro Kannemann.

Na manhã desta segunda-feira (23), o Grêmio se posicionou em seu site oficial. “Diante de denúncia tão grave, o Grêmio tomou todas as providências para elucidar os fatos, pois o Clube é o maior interessado em saber exatamente o que ocorreu para aplicar as punições de forma justa”, disse. 

Na nota, o clube gaúcho ainda disse que o torcedor foi identificado e revelou que costuma assistir aos jogos sempre do mesmo lugar, nas cadeiras próximas ao túnel de acesso ao campo. Ele comentou que, após testemunhar o atleta do Flamengo quebrar a cabine do VAR, disse: “tá brabinho?”, uma frase que foi repetida por uma criança ao seu lado.

“O Grêmio estuda ainda outras medidas relativas ao episódio. E aproveita para reforçar o seu compromisso contra qualquer tipo de discriminação. Esclarece que tem um amplo trabalho de combate ao racismo. E que, além disso, vai sempre fazer todo o possível para identificar e punir torcedores que, eventualmente, cometerem qualquer tipo de ilegalidade no ambiente dos jogos”, diz a nota. 

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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