O Ministério da Saúde anunciou a implementação de novas tecnologias para controlar a incidência de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, como dengue, chikungunya, zika e oropouche nas cidades brasileiras.
Entre as principais iniciativas anunciadas estão as Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL), uma estratégia focada nas periferias, onde a proliferação do mosquito costuma ser maior.
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A ação faz parte do Plano Nacional de Combate ao Aedes aegypti e foi desenvolvida em parceria com pesquisadores da Fiocruz Amazônia. A tecnologia foi testada em 14 cidades brasileiras de diversas regiões entre 2017 e 2020, demonstrando resultados eficazes no controle do mosquito.
As Estações Disseminadoras de Larvicidas funcionam como armadilhas que atraem as fêmeas do Aedes para a deposição de ovos. Ao pousarem nos recipientes, as fêmeas são impregnadas com larvicida, que acabam disseminando nos criadouros que visitam.
Segundo o Ministério da Saúde, essa prática reduz significativamente o desenvolvimento de larvas e pupas, o que impacta diretamente na redução da infestação do mosquito e, por consequência, no avanço de doenças como a dengue.
De acordo com a Fiocruz, os dados das cidades que utilizaram as armadilhas mostram uma diminuição entre 25% e 50% nos casos de dengue nas áreas onde a tecnologia foi aplicada, em comparação com regiões onde não houve essa intervenção.
A escolha dos municípios que receberão as EDLs levará em consideração fatores como densidade populacional e o histórico de notificações de dengue, chikungunya e Zika. A expectativa é que a tecnologia ajude a reduzir tanto os casos prováveis quanto os óbitos causados por essas doenças nas áreas mais vulneráveis.