No último domingo (19), a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) acionou o Ministério Público Federal (MPF) solicitando a abertura de um inquérito para identificar os autores das ameaças de mortes recebidas após a publicação de um vídeo em que desmente informações falsas sobre o Pix.
O vídeo, divulgado em seu perfil pessoal no Instagram, desmente as falsas informações associadas à instrução normativa do PIX, revogada pelo governo federal na última quinta-feira (15), após uma onda de desinformação sobre a medida, provocada pela extrema-direita.
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Entre os perfis que divulgaram informações falsas, está o do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que enfrenta uma condenação por transfobia contra a deputada Duda Salabert (PDT-MG) e que, no último ano, se tornou réu por expor uma adolescente transexual para seus mais de 200 mil seguidores.
Em nota, o PSOL informou que, após a publicação informativa de Hilton, perfis extremistas sugeriram que a parlamentar deveria ser assassinada. Um dos internautas, na rede social X (antigo Twitter), teria afirmado que pistoleiros deveriam “ser contratados para ficar na sua cola”.
Outro comentário dizia que o “Projeto Ronnie Lessa 2.0 teria que entrar em ação”, em alusão ao crime que matou a vereadora carioca Marielle Franco, em 2018. Lessa foi condenado a 78 anos de prisão por duplo homicídio triplamente qualificado e uma tentativa de homicídio.
“A violência da extrema-direita é conhecida por todos nós. Sinto que parte deles não se conforma com a propagação da verdade, e quer apelar para ameaças e intimidações para que eu recue. Não recuarei”, afirmou Erika Hilton.