Após três anos do assassinato de Moïse Kabagambe, uma atuação conjunta entre órgãos públicos do Rio de Janeiro garantiu para a família do jovem congolês a exumação gratuita e a preservação de seus restos mortais.
A articulação envolveu a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ), a Prefeitura do Rio de Janeiro e a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
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A exumação e a preservação dos restos mortais de Moïse asseguram que a família possa cumprir seus rituais culturais e religiosos, evitando que o corpo fosse destinado ao ossário público, o que seria uma violação de seus direitos.
Moïse, que chegou ao Brasil com sua família para escapar dos conflitos na República Democrática do Congo, foi espancado até a morte em 24 de janeiro de 2022 após cobrar o pagamento por serviços prestados em um quiosque na Barra da Tijuca, na capital fluminense.
“A Defensoria Pública vem atuando integralmente na reparação do sofrimento que acometeu a família. Buscamos a responsabilização das pessoas que mataram covardemente o Moïse, que era um jovem imigrante, negro e que não recebeu o pagamento devido pelo trabalho que prestou ao quiosque Tropicália”, afirmou a defensora pública Gislane Keppe, do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh).
Três homens foram acusados de envolvimento na morte do jovem imigrante e vão à júri popular. O julgamento de Fabio Pirineus da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Brendon Alexander Luiz da Silva está marcado para 13 de março de 2025.