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Acampamento Terra Livre em Brasília mobiliza indígenas contra o Marco Temporal 

Encontro tem como prioridade a defesa da demarcação das terras indígenas, além de mobilizações, atividades culturais e debates
A maior Assembleia dos Povos e Organizações Indígenas do Brasil, o Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília no dia 7 de abril de 2025.

A maior Assembleia dos Povos e Organizações Indígenas do Brasil, o Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília no dia 7 de abril de 2025.

— Brasília (DF) 07/04/2025 O Acampamento Terra Livre (ATL), a maior Assembleia dos Povos e Organizações Indígenas do Brasil, acontece em Brasília. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

7 de abril de 2025

A 21° edição do acampamento Terra Livre (ATL) começou nesta segunda-feira (7) e vai até sexta-feira (11), em Brasília. A maior mobilização indígena do país reúne povos de todas as regiões em defesa da demarcação de seus territórios. 

O encontro deste ano da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) traz o tema “Apib somos nós: Em defesa da Constituição e da vida” e celebra os 20 anos de resistência da entidade, que é referência no movimento indígena no Brasil na defesa dos direitos dos povos originários.

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O acampamento é organizado em parceria com as sete organizações regionais da entidade: Aty Guasu (região Centro-Oeste), Apoinme (Nordeste e Leste), ArpinSudeste (Sudeste), ArpinSul (Sul), Coica (Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica), Coiab (Amazônia brasileira) e Terena (povo Terena, com forte atuação no Mato Grosso do Sul).

Entre as principais reivindicações, está a luta contra o Marco Temporal, que limita o direito à demarcação apenas para as terras ocupadas pelos indígenas desde  5 outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. A causa, que foi levada adiante pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, é considerada ilegítima pelos indígenas.

A mobilização busca articular estratégias e pautas para a Conferência da Organização das Nações Unidas para mudanças climáticas (COP30). Um dos principais marcos é o lançamento da Comissão Internacional Indígena para a COP30, que levará as demandas dos povos indígenas ao evento que vai acontecer em Belém, em novembro deste ano.

Na próxima terça-feira (8) mais de seis mil indígenas devem marchar pelas ruas de Brasília em defesa de seus direitos, com o lema “Apin somos todos nós: Nosso Futuro não está à Venda”. A marcha seguirá até o Congresso Nacional, como parte das mobilizações do acampamento.

Haverá ainda manifestações, debates e atividades culturais, com temáticas sobre a transição energética, os desafios atuais, resistência indígena LGBTQIAP+ e a violência contra os povos indígenas. 

Com informações da Agência Brasil.

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