O Festival Mulheres na Travessa chega ao último dia nesta sexta-feira (30) com atrações pensadas para expandir espaços de encontro. No decorrer do dia e totalmente online ocorrem mostra de artes visuais, banca de publicações, ciclo de performances, exibição de curtas metragens, apresentação de videoarte, roda de conversa e festa de encerramento com DJS negras e periféricas.
O festival nasceu na Travessa Roque Adóglio, na Vila Anglo, Zona Oeste da cidade de São Paulo, e desde o início teve como objetivo a diversidade, a partir da união de artistas, pesquisadoras, moradoras do bairro, mães, mulheres privadas de liberdade (ex-encarceradas), mulheres com deficiência, mulheres trans e homens também bastante diversos.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
Além disso, o evento conecta curadoras de estados de diferentes regiões do Brasil como Pernambuco, Amazonas, Rondônia e São Paulo e reúne diversos nomes entre mulheres cis e trans, homens trans e pessoas não-binárias, como Grace Passô, Manauara Clandestina, Aline Alves, Selma Barreto, Terra Queiroz, Lia Letícia, Maria Macedo, Kimani, Luz Bárbara, Kay Sara, Dandara Kuntê, DJ Miria Alves, Mana Bella, entre tantas outras.
Leia também:
- Série LGBTQIA+, preta e periférica lança campanha para custear a produção
- Coletivo realiza mapeamento de escritoras negras e nordestinas
Após um complexo 2020 que se acirra em 2021, em razão da pandemia da Covid-19, o festival se depara com questionamentos incontornáveis como: Qual é o nosso lugar de disputas de sentidos e de resistências? Qual é o seu lugar de potência no qual você afirma sua existência? Como as cicatrizes de nossas travessias nos movimentam? Como seguir em frente e construir outras formas de habitar possíveis? Este é o mote principal da programação, que encabeça reflexões e permite os espectadores e participantes a conversarem e evoluírem nas próprias travessias.
As atrações são disponibilizadas no site do Mulheres na Travessa, ao vivo no canal do YouTube e com retransmissões no Instagram. Toda a programação do festival ficará disponível no site por uma semana.
Programação completa de 30 de abril:
12h00. MOSTRA ARTES VISUAIS
São 44 obras de 22 fotógrafas, de várias regiões do país, coladas em A0 como lambe no Itaim Paulista e fotografadas para Mostra.
Curadora do Eixo: Marcela Bonfim
Composição: Ana Lira, Boneka dos Santos e Pri Melo
Composição: Joana Gabriel, Edlene e Amber Blenda
Composição: Elane Abreu de Oliveira, Rafa Anacé e Renata Simões Cavalcanti
Composição: Gabriela Rabaldo, Gisamara Bairros de Oliveira e Fernanda Piccolo H
Composição: Ge Viana, Profana ao Mel, DJ Nanny Ribeiro e Tapixi Guajajara
Composição: Paula Sampaio, Elza Lima e Irene Almeida
Composição: Thaís Rocha, Carina Viana e Negras[Fotos]Grafias
Onde? no site: Menu > Eixo > Mostra Artes Visuais
13h00. BANCA DE PUBLICAÇÕES
A Banca é composta de textos/poemas/crônicas de escritoras em sua diversidade de corpas e territórios, que tematizam a questão de gênero, não só em seus trabalhos literários, mas também em seus ativismos, práticas pedagógicas e engajamentos coletivos.
Curadora do Eixo: Luiza Romão
Escritora: CaroL Luisa | Obras: LUEJ, UM CORPO, OLHO MUITO TEMPO
Escritora: Cristina Judar | Obra: ELAS MARCHAVAM SOB O SOL (trecho)
Escritora: Jamille Nunes // Anahata | Obra: TRANÇA
Escritora: Débora Arruda | Obra: CRÊNE-QUÉ
Escritora: Jéssica Nascimento | Obra: IRENE
Escritora: Nina Rizzi | Obra: SALVE REGINA
Escritora: Kika Sena | Obra: MEMÓRIA COMO LUGAR DE ORIGEM
Onde? no site: Menu > Eixo > Banca de Publicações
14h00. CICLO DE PERFORMANCES
Performances registradas para o Ciclo.
Curadora do Eixo: Ana Musidora
Performer: Aline Alves | Obra: A PAREDE DESSA SALA DEVERIA RUIR OU EU NÃO SOU UM TOBOGÃ
Performer: Terra Queiroz | Obra: GOSTO DE COMEÇAR PELO FIM PORQUE SINTO QUE TENHO MAIS POSSIBILIDADES
Performer: Aline Fátima | Obra: NEOMEDUSA – MARCO ZERO
Performer: Eliara | Obra: OLHO D’ÁGUA SOBRE A PEDRA E O PÓ
Performer: Selma Barreto | Obra: PROTOCOLOS PARA RESPIRAR
Performer: Dandara Kuntê | Obra: ESCRITAS DA OBSERVAÇÃO
Onde? no site: Menu > Eixo > Ciclo de Performances
17h00. MOSTRA DE CURTAS METRAGENS
Realizadoras de várias regiões do país discutem necropolítica, amor, surdez, vida com deficiência, feminismo negro, solidão e pandemia.
Curadora do Eixo: Anna Andrade
Realizadora: Carine Fiúza | Obra: YÁ, ME CONTE HISTÓRIAS
Realizadoras: Bruna Castro e Bruna Barros | Obra: À BEIRA DO PLANETA MAINHA SOPROU A GENTE
Realizadora: Priscila Nascimento | Obra: NOTÍCIAS DE SÃO PAULO
Realizadora: Larissa Nepomuceno | Obra: SEREMOS OUVIDAS
Realizadora: Bruna Tavares | Obra: CARTA PARA O FUTURO
Realizadora: Lia Letícia | Obra: THINYA
Realizadora: Grace Passô | Obra: REPÚBLICA
Onde? no site: Menu > Eixo > Mostra de Curtas
18h00. MOSTRA VIDEOARTE
Artistas de várias regiões do país discutem água, vida e morte.
Curadora do Eixo: Keila Serruya Sankofa
Artista: Maria Macêdo | Obra: PROCISSÃO PARA OS CORPOS QUE NÃO MORRERAM Artista: Lia Letícia | Obra: A TERRA NÃO VISTA, O MAR NÃO DITO
Artista: Kay Sara | Obra: CERCADOS
Artista: Dominique Lima | Obra: PENDURADAS
Artista: Manauara Clandestina | Obra: BUILDING
Artista: Lais Machado | Obra: CANÇÃO DAS FILHAS DAS ÁGUAS Onde? no site: Menu > Eixo > Mostra Videoarte
18h00. RODA (REDE) DE CONVERSA
A Roda (Rede) de Conversa se propõe (e ousa) perguntar: “Afinal, pelo o que estamos lutando?”. Em um momento em que nossas possibilidades mínimas de sobrevivência estão constantemente ameaçadas, não só pela pandemia, mas também pelas constantes ameaças de direitos e subsídios básicos, parece estranho perguntar qual o nosso desejo.
Mediação: Maria Giulia Pinheiro, curadora do eixo
Convidades: Mariana Ayelen, Tom Grito, Jobana Moya, Lívia Lima, Luz Bárbara e Selma Amaro.
Onde? na plataforma ZOOM, com inscrições prévias para acesso à sala
OBS: Programação com tradução para libras.
18h30. FESTA DE ENCERRAMENTO ONLINE
A Festa de encerramento do festival prioriza o movimento de mulheres DJS negras e periféricas. Mulheres que articulam em seus territórios a busca por autonomia e a partilha de seus conhecimentos. Arte e militância aqui se encontram para que se torne possível dançar mesmo em tempo sombrios. Festejar a nossa força, a nossa luta e o potencial de mudança. Não há revolução sem dança, sem corpo, sem movimento e sem música. Seja no quintal de casa, no fluxo ou no baile, festejar a vida é necessário.
Curadora do Eixo: Jhenny Santine
Com: DJ Bieta, Dj Miria Alves e Dj Aline Pereira Vargas
Onde? na plataforma ZOOM, com inscrições prévias para acesso à sala.
