“Neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, nós mulheres negras de São Paulo, nos somamos a todas mulheres do Brasil e do mundo, para tomar o espaço público e lembrar que nossos passos vêm de longe”, descreve o texto de chamado.
Texto / Thalyta Martina
Imagem / Pedro Borges
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A Marcha das Mulheres Negras de São Paulo convoca mulheres negras de todo estado para irem às ruas lutar contra o racismo, o patriarcal e o cis heteronormativo no Bloco das Mulheres Negras que sai da Praça Oswaldo Cruz, Paraíso, hoje às 16 horas.
Segundo o manifesto, não há espaços para comemorações.
“Estamos na rua para expressar nossa indignação e exigir justiça para nossos filhos, vítimas do genocídio realizado pelo Estado brasileiro, que mata a população negra não só pela bala da Polícia Militar, mas também pela falta de infraestrutura nas periferias, pela falta de acesso à saúde pública de qualidade, ao trabalho digno, aos espaços de lazer e de educação. Pelo descaso com a população negra e periférica considerada descartável.”
Também são lembrados casos de LGBTfobia, como os que aconteceram com Luana Barbosa, mulher negra lésbica morta pela polícia, e Verônica, mulher transexual negra que teve o rosto desfigurado por policiais e segue presa sem tratamentos médicos.
Outras reivindicações como moradia digna, saneamento básico, educação de qualidade estão na pauta. Ações por parte do poder público que garantam vagas em creches e escolas, direitos trabalhistas, e que atuem para a erradicação das políticas higienistas são recordadas.
“Seguimos firmes sob a proteção das nossas ancestrais e de todas as negras que vem construindo esse caminho de resistência! Uma sobre e puxa a outra!”