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Chefe de comitê da Cruz Vermelha encerra visita a Ruanda em meio à crise do país com o Congo

A presidente da organização humanitária se reuniu com autoridades ruandesas para tratar da proteção de civis e mediação em conflitos com a República Democrática do Congo
Uniforme com o símbolo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Uniforme com o símbolo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

— Reprodução/CICV

6 de maio de 2025

A presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Mirjana Spoljaric, concluiu nesta terça-feira, 6 de maio de 2025, sua primeira visita oficial a Ruanda. Em Kigali, Spoljaric se reuniu com o presidente, Paul Kagame, para tratar da situação humanitária na região dos Grandes Lagos e da aplicação do Direito Internacional Humanitário (DIH).

Durante o encontro, a presidente reafirmou a disposição do CICV em atuar como intermediário neutro e em apoiar aspectos humanitários relacionados a acordos entre Ruanda e a República Democrática do Congo (RDC), no contexto de negociações de paz na região.

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A visita também incluiu discussões sobre a iniciativa lançada pelo CICV, em parceria com seis Estados, para promover o compromisso político com o DIH. O esforço, iniciado em setembro de 2024, visa mobilizar governos para fortalecer o respeito às normas que regulam os conflitos armados.

Trabalho histórico em Ruanda

A Cruz Vermelha Internacional mantém uma presença contínua em Ruanda desde 1963, acompanhando os momentos mais críticos da história do país. Sua atuação ganhou relevância durante o massacre de 1994, quando a organização trabalhou para prestar assistência humanitária em meio ao caos e à violência generalizada. Nas décadas seguintes, o trabalho se adaptou às novas necessidades da população ruandesa, sempre com foco na proteção dos mais vulneráveis.

Atualmente, as principais frentes de atuação incluem a reunificação de famílias separadas pelos conflitos regionais — um legado dos deslocamentos forçados que marcaram a história recente da região. A organização também dedica esforços significativos para promover o respeito ao Direito Internacional Humanitário, capacitando autoridades locais e atores-chave sobre as normas que protegem civis em situações de conflito. 

Paralelamente, a Cruz Vermelha mantém programas de assistência direta às comunidades afetadas pela violência persistente na região dos Grandes Lagos, incluindo apoio médico, psicossocial e à subsistência.

Após concluir a agenda em Ruanda, a presidente Spoljaric seguirá para Kinshasa, capital da RDC. No país vizinho, encontrará autoridades, representantes de organizações parceiras e civis afetados pela violência em curso.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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