Essa é a segunda participação de Senegal na Copa do Mundo. Na primeira, em 2002, o país desbancou logo no jogo de estreia os campeões da edição anterior, a França
Texto / Lívia Martins
Imagem / Fifa.com
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Desembarcamos na costa africana, em Senegal, umas das seleções mais tradicionais do continente.
O país tropical, assim como boa parte das nações do continente, foi colônia de um país europeu no século XIX. A independência do país só foi alcançada em 1960, durante o período em que diversos Estado-nação africanos conseguiram libertação das políticas imperialistas europeias.
A população desse país não cansa de ser teranga, termo proveniente da língua wolof, uma das mais faladas no país. A palavra tem o significado de hospitalidade e acolhimento, sentimento emanado por mais de 13 milhões de pessoas que formam mais uma joia do continente.
Recomenda-se, para quem chega nas terras senegalesas, uma visita ao Lago Rosa e experimente o fabuloso arroz cozido no molho de legumes e servido com peixe,o tiéboudienne.
A capital ficou conhecida mundialmente no ambiente esportivo pois era linha de chegada do famoso Rally Dakar, que aconteceu na região entre 1979 e 2007. O país no âmbito esportivo, porém, tem muito mais que isso.
Com vocês, os leões de teranga
O país está com o passaporte carimbado para o mundial na Rússia e essa é apenas a segunda vez em sua história que o fato acontece. Senegal foi a primeira vez para a Copa do Mundo em 2002.
Naquele ano, com futebol ofensivo e muito bem organizado, os senegaleses mostraram para o mundo que não foram para o continente asiático à toa.
O destino colocou colônia e ex-colônia frente a frente e com o bom e velho sangue guerreiro correndo nas veias, Senegal venceu o time da poderosa França na primeira rodada com gol de Papa Bouba Diop.
Após bater Trezeguet, Henry e companhia, os senegaleses ganharam da Suécia nas oitavas de final e terminaram a sua participação com um indigesto gol turco nas quartas de final.
Depois de anos, o continente africano voltava a ter uma seleção entre as oito melhores do mundo e os onze guerreiros comandados pelo francês Bruno Metsu foram recebidos no aeroporto com festa por milhares de pessoas que demonstravam a felicidade em ter aquela geração.
Os craques da seleção eram o ex-volante e capitão Alou Cissé e o atacante El Hadji Diouof.
Sadio Mané, do Liverpool (Inglaterra), é uma das principais esperanças dos Leões de Teranga na Copa do Mundo da Rússia (Imagem: Federação Senegalesa de Futebol)
Nova página, segundo carimbo
Em um novo, mas mostrando o mesmo espírito de liderança, Cissé é o técnico do time no mundial da Rússia. O comandante conseguiu levar Senegal para a Copa do Mundo mostrando na eliminatórias africanas consistência em uma campanha invicta com quatro vitórias e dois empates.
O torneio classificatório inclusive foi marcado por anulação de partida. A FIFA analisou lances do duelo entre África do Sul e Senegal e baniu o árbitro por manipulação de resultado. A entidade invalidou a vitória de 2 a 1 dos senegaleses naquela ocasião.
O jogo foi remarcado para novembro de 2017 e Senegal venceu novamente os sul-africanos com gols de Diafra Sakho (Rennes – França) e um gol contra depois do chute do craque Sadio Mané, atleta do (Liverpool – Inglaterra).
Os novos donos da força e da juba
A seleção que defenderá as cores de Senegal foi convocada no começo do mês de maio deste ano. Já prospectando o que pretende impor no mundial, Cissé divulgou lista com 23 jogadores.
Os destaques do time são Sadio Mané, jogador que recentemente disputou a final da Liga dos Campeões, o zagueiro Kalidou Koulibaly (Napoli – Itália), o atacante espanhol naturalizado Keita Baldé (Monaco – França) e Sakho.
Senegal está no grupo H e estreia em 19 de junho contra a Polônia. Os outros dois times da chave são Japão e Colômbia. Àṣẹ, irmãos!
Convocados:
Goleiros:
Abdoulaye Diallo (Rennes – França), Alfred Gomis (SPAL – Itália) e Khadim N’ Diaye (Horoya – Guiné).
Defensores:
Lamine Gassama (Alanyaspor – Turquia), Saliou Ciss (Valenciennes – França), Kalidou Koulibaly (Napoli – Itália), Kara Mbodji (Anderlecht – Bélgica), Youssouf Sabaly (Bordeaux – França), Salif Sané (Hannover – Alemanha) e Moussa Wagué (Eupen – Bélgica).
Meio-campistas:
Idrissa Gueye (Everton – Inglaterra), Cheikhou Kouyaté (West Ham – Inglaterra), Alfred Ndiaye (Wolverhampton – Inglaterra), Badou N’Diaye (Stoke City – Inglaterra) e Cheikh N’Doye (Birmingham – Inglaterra).
Atacantes:
Ismaïla Sarr (Rennes – França), Keita Baldé (Monaco – França), Mame Biram Diouf (Stoke City – Inglaterra), Moussa Konaté (Amiens – França), Sadio Mané (Liverpool – Inglaterra), M’Baye Niang (Torino – Itália), Diafra Sakho (Rennes – França) e Moussa Sow (Bursaspor – Turquia).