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Desaparecimento de bebês em Moçambique levanta suspeitas de tráfico humano nas maternidades

Pacientes relatam que, quando um recém-nascido morre, o corpo é deixado sob a responsabilidade do hospital, que não fornece informações sobre o destino dos corpos dos bebês
Imagem mostra um bebê de pele negra dormindo em cima de um cama com lençol branco.

Foto: Photodisc

16 de agosto de 2024

Segundo informações do Jornal DW, uma onda de desaparecimentos de bebês em hospitais públicos de Moçambique tem levantado suspeitas para os órgãos de segurança do país sobre a existência de uma possível rede de tráfico de bebês nas maternidades.

As denúncias, que já ultrapassam os 100 casos, incluem a falta de informações fornecidas às mães sobre os procedimentos médicos e a negação do direito de reivindicar os corpos de seus recém-nascidos que foram declarados mortos. 

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Pacientes relatam que, quando ocorrem esses incidentes, o corpo é deixado sob a responsabilidade dos hospitais, que não fornecem informações sobre o destino dos corpos dos bebês ou sequer permitem que as mães vejam o filho para se despedir. É nessas ocasiões que aumentam as suspeitas de tráfico nos hospitais públicos, segundo o DW.

Além disso, em janeiro deste ano, o Gabinete Central de Combate à Corrupção acusou seis enfermeiras de saúde materno-infantil de extorsão de uma gestante em troca de um atendimento melhor durante o parto. 

O Observatório do Cidadão para a Saúde de Moçambique destaca que há falhas significativas nos protocolos de segurança dos hospitais públicos. “Quando ocorrem desaparecimentos de bebês, o hospital deve ser responsabilizado”, afirmou o órgão ao DW.

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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