Segundo informações do Jornal DW, uma onda de desaparecimentos de bebês em hospitais públicos de Moçambique tem levantado suspeitas para os órgãos de segurança do país sobre a existência de uma possível rede de tráfico de bebês nas maternidades.
As denúncias, que já ultrapassam os 100 casos, incluem a falta de informações fornecidas às mães sobre os procedimentos médicos e a negação do direito de reivindicar os corpos de seus recém-nascidos que foram declarados mortos.
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Pacientes relatam que, quando ocorrem esses incidentes, o corpo é deixado sob a responsabilidade dos hospitais, que não fornecem informações sobre o destino dos corpos dos bebês ou sequer permitem que as mães vejam o filho para se despedir. É nessas ocasiões que aumentam as suspeitas de tráfico nos hospitais públicos, segundo o DW.
Além disso, em janeiro deste ano, o Gabinete Central de Combate à Corrupção acusou seis enfermeiras de saúde materno-infantil de extorsão de uma gestante em troca de um atendimento melhor durante o parto.
O Observatório do Cidadão para a Saúde de Moçambique destaca que há falhas significativas nos protocolos de segurança dos hospitais públicos. “Quando ocorrem desaparecimentos de bebês, o hospital deve ser responsabilizado”, afirmou o órgão ao DW.