O governo de Papua-Nova Guiné informou nesta segunda-feira (27) que pelo menos 2 mil pessoas podem ter sido soterradas após um deslizamento de terra. As fortes chuvas atingem o país desde sexta-feira (24) e as autoridades solicitaram ajuda internacional para o resgate de possíveis sobreviventes.
Uma das regiões mais afetadas pelos deslizamentos de terra é o vilarejo de Yambali, na encosta de uma colina na província de Enga, no centro do arquipélago. De acordo com informações da AFP, a área foi soterrada após parte do Monte Mongalo desabar durante a madrugada, enquanto muitas pessoas dormiam.
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Cerca de 10 milhões de pessoas vivem em Papua-Nova Guiné, a segunda nação com mais habitantes do pacifico sul, atrás apenas da Austrália.
O centro de gestão de desastres, em um documento enviado à Organização das Nações Unidas (ONU), informou que a situação do país continua instável por conta das chuvas que ainda atingem o país, “o que coloca em perigo tanto as equipes de resgate como os possíveis sobreviventes”, segundo a pasta.
Por conta da distância e dos bloqueios nas estradas e dos confrontos tribais na região, os resgates têm sido comprometidos. Moradores e socorristas do vilarejo fazem as buscas com auxílio de pás e pedaços de madeira.
Dimensões da tragédia e ajuda humanitária
Ainda de acordo com a agência francesa, a avalanche de lama pode ter cerca de oito metros de profundidade e o comprimento equivalente a quase quatro campos de futebol.
Serhan Aktoprak, funcionário da agência de migração da ONU, afirmou que estão aparecendo rachaduras nos terrenos envolvidos na tragédia, o que “poderia desencadear uma nova penetração”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) ofereceu ajuda para atender algumas das necessidades mais urgentes de Papua-Nova Guiné. Países como Austrália, China, Estados Unidos, França e Japão também disponibilizaram auxílio.