Neste sábado (30), os ministros das Relações Exteriores do Egito, da Jordânia e da França pediram, em coletiva de imprensa conjunta, um “cessar-fogo imediato e permanente” na faixa de Gaza. Durante a declaração, o chefe da diplomacia francesa, Stephane Sejourne, afirmou que a França apresentará um projeto de resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas pedindo uma solução “política” para a questão.
O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, disse que Gaza “não pode suportar mais destruição e sofrimento humanitário” e apelou a Israel para abrir as suas passagens terrestres com a Faixa de Gaza para a chegada de ajuda humanitária.
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Já o chanceler da Jordânia, Aman Safadi, afirmou que Israel não respeita o direito internacional, acrescentando que acredita que “verdadeiro desastre” nesse caso seria a incapacidade internacional de prevenir o que está acontecendo em Gaza. Safadi também afirmou que os israelenses usam “a fome como arma” contra os palestinos da região.
Na segunda-feira (25), o Conselho de Segurança adotou uma resolução exigindo um “cessar-fogo imediato” em Gaza. Desde o início dos ataques de Israel à região, 32.705 pessoas foram mortas, a maioria deles mulheres e crianças. Os ataques de Israel tiveram início quando o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel em 7 de outubro, deixando cerca de 1.160 mortos em Israel.
Na quinta-feira (28), o Tribunal Internacional de Justiça ordenou que Israel “garanta que a assistência humanitária urgente” chegasse aos civis na Faixa de Gaza, dizendo que “a fome se instalou” na região depois de mais de cinco meses de combates.
Quase toda a ajuda humanitária para Gaza passa pela passagem fronteiriça com o Egito, em Rafah. Diversos líderes mundiais, assim como a ONU acusam Israel de impedir esses envios e cresce o protesto internacional contra um possível genocídio praticado por Israel na região.