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Egito, Jordânia e França pedem cessar-fogo ‘permanente’ em Gaza

Lideranças diplomáticas dos três países teceram críticas a Israel, que já matou mais de 32 mil pessoas em Gaza desde outubro de 2023
Da esquerda à direita, o chanceler da Jordânia, Aman Safadi, o chanceler do Egito, Sameh Shoukry, e o chanceler francês, Sephane Sejourne, durante coletiva de imprensa na capital egípcia, Cairo, 30 de março de 2024

Foto: Khaled Desouki/AFP

30 de março de 2024

Neste sábado (30), os ministros das Relações Exteriores do Egito, da Jordânia e da França pediram, em coletiva de imprensa conjunta, um “cessar-fogo imediato e permanente” na faixa de Gaza. Durante a declaração, o chefe da diplomacia francesa, Stephane Sejourne, afirmou que a França apresentará um projeto de resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas pedindo uma solução “política” para a questão.

O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, disse que Gaza “não pode suportar mais destruição e sofrimento humanitário” e apelou a Israel para abrir as suas passagens terrestres com a Faixa de Gaza para a chegada de ajuda humanitária.

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Já o chanceler da Jordânia, Aman Safadi, afirmou que Israel não respeita o direito internacional, acrescentando que acredita que “verdadeiro desastre” nesse caso seria a incapacidade internacional de prevenir o que está acontecendo em Gaza. Safadi também afirmou que os israelenses usam “a fome como arma” contra os palestinos da região.

A imagem mostra uma pessoa sentada em uma carroça puxada por um burro enquanto observa de longe as pessoas vasculhando os escombros de edifícios destruídos no complexo residencial de Asra, a noroeste de Nuseirat, na Faixa de Gaza, em 25 de março de 2024, em meio ao conflito em curso no território palestino entre Israel e o grupo militante Hamas.
Pessoas observam escombros de edifícios destruídos no complexo residencial de Asra, na Faixa de Gaza, em 25 de março de 2024, em meio aos ataques de Israel (Foto: AFP)

Na segunda-feira (25), o Conselho de Segurança adotou uma resolução exigindo um “cessar-fogo imediato” em Gaza. Desde o início dos ataques de Israel à região, 32.705 pessoas foram mortas, a maioria deles mulheres e crianças. Os ataques de Israel tiveram início quando o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel em 7 de outubro, deixando cerca de 1.160 mortos em Israel.

Na quinta-feira (28), o Tribunal Internacional de Justiça ordenou que Israel “garanta que a assistência humanitária urgente” chegasse aos civis na Faixa de Gaza, dizendo que “a fome se instalou” na região depois de mais de cinco meses de combates.

Quase toda a ajuda humanitária para Gaza passa pela passagem fronteiriça com o Egito, em Rafah. Diversos líderes mundiais, assim como a ONU acusam Israel de impedir esses envios e cresce o protesto internacional contra um possível genocídio praticado por Israel na região.

  • Redação

    A Alma Preta é uma agência de notícias e comunicação especializada na temática étnico-racial no Brasil.

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