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Estupro foi arma de guerra no Tigré, em África, aponta relatório

Exército da Etiópia e Eritréia são acusados de violentar mulheres em conflitos no Trigé, no nordeste africano

Imagem de soldados da Etiópia. Foto ilustra texto sobre estupro e violência em guerra no Tigré.

Foto: Imagem: Reprodução/ Nova Cultura

5 de março de 2022

O conflito armado entre tropas da Etiópia, Eritréia e a Frente de Libertação do Povo do Tigré (TPLF) foi marcado pela violência de gênero. De acordo com relatório da Anistia Internacional divulgado pela Folha de S. Paulo, os exércitos da Etiópia e Eritréia se utilizaram do estupro como uma arma de guerra.

Sobreviventes do conflito disseram ter sido violentadas em frente aos familiares, enquanto eram mantidas prisioneiras, e algumas entrevistadas contaram que soldados de Etiópia e Eritréia introduziram objetos nas vaginas dessas mulheres. A inserção de pedras e pregos na vagina das vítimas pode gerar danos irreversíveis, segundo o documento da ONG.

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“É evidente que o estupro e a violência sexual têm sido usados como arma de guerra para infligir danos físicos e psicológicos permanentes a mulheres e meninas do Tigré. Centenas delas foram submetidas a tratamentos brutais com o objetivo de degradá-las e desumanizá-las”, denunciou a secretária geral da organização, Agnès Callamard.

O documento ainda indica que, entre fevereiro e abril de 2021, houve o registro de 1.288 casos de violência contra mulheres no país.

O relatório foi publicado em 11 de Agosto de 2021 e foi construído a partir da escuta de 63 mulheres. Três soldados foram condenados por estupro e 25 processados por violência sexual e estupro.

Leia mais: Guerra na Etiópia gera crise econômica e humanitária

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