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Lideranças africanas pedem reforma do sistema financeiro na 37ª Cúpula da União Africana

Lula também questiona papel do FMI e do Banco Mundial durante encontro na Etiópia
Líderes políticos africanos reunidos a 37ª Cúpula da União Africana (UA), em Adis Abeba, na Etiópia.

Foto: Reprodução / União Africana (UA)

19 de fevereiro de 2024

Reunidos em Adis Abeba, na Etiópia, onde acontece a 37ª Cúpula da União Africana (UA), líderes políticos africanos defenderam a urgência de uma reforma no sistema financeiro internacional. 

Os chefes de Estado e membros de governos voltaram a tratar da criação de um sistema financeiro continental focado nos interesses e necessidades dos 54 países africanos.

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Na cúpula e em parte dos eventos paralelos, os participantes discutem propostas como a criação de ao menos três novas instituições financeiras: o Banco Central Africano (BCA); o Fundo Monetário Africano (FAM) e o Banco Africano de Investimentos (BAI), conforme informações do governo brasileiro.

O propósito dessas instituições é servir como a espinha dorsal do sistema africano, promovendo a integração monetária e financeira, impulsionando o desenvolvimento econômico em todo o continente e ampliando a participação regional na economia global.

Lula questiona papel do FMI e Banco Mundial

O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) também se manifestou sobre o funcionamento de instituições financeiras internacionais durante viagem à Etiópia para participar como convidado da cúpula. 

Em discurso, o presidente brasileiro fez menções diretas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial. “Essas instituições vão servir para financiar o desenvolvimento dos países pobres ou vão continuar existindo para sufocar os países pobres?”, questionou. 

Lula declarou ainda que alguns países africanos possuem dívidas insustentáveis e propôs convertê-las em investimentos para o desenvolvimento. 

“Esse dinheiro, ao invés de voltar para a instituição que emprestou, pode ser direcionado para a construção de uma ferrovia, de uma rodovia, de uma hidrelétrica, de uma termelétrica, de uma universidade, de uma instituição de pesquisa. Ou seja, vá para algo que significa desenvolvimento para o continente africano“, afirmou.

Para o governante, a Cúpula do G20, que acontece em novembro no Rio de Janeiro, será o melhor momento para discutir questões como essa. Em 1º de dezembro de 2023, o Brasil assumiu a presidência rotativa. 

Além de reunir as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, a partir deste ano, a União Africana também se une ao G20.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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