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Onda de sequestros na Etiópia põe em xeque capacidade do primeiro-ministro do país

Ainda em recuperação do conflito na região de Tigray, população etíope questiona a se o atual governo é capaz de lidar com a crise de segurança
Estudantes, trabalhadores de diversos setores, como fábricas de cimento, funcionários públicos e agricultores, têm sido sequestrados.

Foto: Jemal Countess

12 de agosto de 2024

O aumento no número de sequestros com pedido de resgate na Etiópia tem preocupado as autoridades de segurança do país, segundo informações do jornal DW.  À medida que o país se recupera do conflito na região de Tigray, que terminou em 2022, e enfrenta um conflito civil, muitos etíopes questionam a capacidade do governo atual – do primeiro-ministro Abiy Ahmed  – em lidar com a crise de segurança.

No mês passado, três ônibus com mais de 160 estudantes universitários estavam a caminho de Addis Abeba, a capital da Etiópia, quando foram interceptados por homens armados na província de Oromia. Os estudantes foram sequestrados e levados para uma área remota, em que se acredita que o Exército de Libertação Oromo atue.

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Dois dias após o sequestro, as famílias dos estudantes foram contatadas para exigir um resgate. Os sequestradores exigiam 500 mil Birr etíopes (cerca de US$ 6.200) pela libertação das vítimas.

Uma semana após o incidente, Hailu Adugna, porta-voz do estado regional de Oromia, anunciou que os estudantes estavam sendo libertados por meio de uma operação governamental em colaboração com moradores locais. 

Embora os estudantes sejam alvos frequentes, trabalhadores de diversos setores, como fábricas de cimento, funcionários públicos e agricultores, também têm sido sequestrados. Em muitos casos, grupos armados são responsabilizados pelos sequestros. Enquanto alguns buscam lucro financeiro, outros podem ter motivações políticas.

Essa tendência na Etiópia tem levado organizações locais e internacionais de direitos humanos a pedirem ao governo que mantenha a ordem e proteja os civis. 

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  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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