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 Por ‘empréstimo de longo prazo’, museus britânicos devolvem tesouros saqueados em Gana

As peças ficam expostas por até seis anos no Museu do Palácio Manhyia
A imagem mostra uma mulher negra retinta segura a bandeira de Gana, país africano, em uma audiência geral no Vaticano em 28 de março de 2018.

Foto: Marco Bertorello/AFP

26 de janeiro de 2024

O Museu Britânico e o Museu Victoria e Albert, ambos em Londres, Reino Unido, vão emprestar tesouros da corte real de Ashanti de Gana, saqueados durante a época colonial. O anúncio foi feito pelos próprios museus nesta quinta-feira (25).

Roubados após a Terceira Guerra Anglo-Ashanti, em 1874, os 32 artigos, sendo 15 do Museu Britânico e 17 do Museu Victoria e Albert, fazem parte de um acordo de empréstimo de longo prazo de seis anos. Entre os itens “devolvidos” estão uma espada de 300 anos usada em cerimônias, um cachimbo de ouro da paz, entre outros.

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Para muitos desses artigos, é a primeira vez em 150 anos que serão exibidos em Gana, diz o comunicado feito em conjunto pelos museus. Os objetos em ouro, prata e tesouros saqueados relacionados à corte e à realeza ganesa devem chegar ao país ainda este ano. As peças ficarão expostas em Kumasi, sede do reino Ashanti, no Museu do Palácio Manhyia, por até seis anos, segundo o palácio real ganês.

O empréstimo coincide com três acontecimentos importantes para o povo Ashanti: o aniversário de 150 anos da guerra de 1874; a celebração do centenário do regresso do rei Asantehene Agyeman Prempeh I, exilado após banimento; e o jubileu de prata do atual governante.
A Nigéria também negocia a devolução de placas de metal, esculturas e peças do século 16 ao 18, saqueados do antigo reino do Benin e atualmente em posse de museus e colecionadores dos Estados Unidos e Europa. Em 2022 recebeu dezenas de peças de arte roubadas em 1892 pela França durante o reino do Daomé.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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