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Senegal: 30 corpos são encontrados em barco à deriva na costa do país

Segundo informações do governo, muitos dos migrantes que partem do Senegal buscam escapar da pobreza, com o objetivo de chegar às Ilhas Canárias
Imagem mostra homens do Senegal que encontraram uma embarcação com 30 corpos.

Foto: AFP

24 de setembro de 2024

As autoridades do exército de Senegal identificaram que pelo menos 30 corpos foram encontrados em uma embarcação ao longo de uma rota migratória na costa de Dacar. A marinha tomou conhecimento da presença do barco na noite do último domingo (22), por meio de aviso de moradores da região, e imediatamente enviou uma patrulha para a região.

Segundo os militares, as investigações em andamento devem fornecer mais detalhes sobre a origem da embarcação e o número total de vítimas. O incidente ocorreu após o naufrágio de um barco com 89 pessoas a bordo, que aconteceu no início de setembro e resultou na morte de várias delas.

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Muitos dos migrantes que partem do Senegal buscam escapar da pobreza e da falta de oportunidades de emprego, com o objetivo de chegar às Ilhas Canárias, local em que mais de 22.300 pessoas desembarcaram desde o começo do ano, segundo informações oficiais do governo de Senegal. 

A rota que liga a África Ocidental às Ilhas Canárias é considerada uma das mais perigosas do mundo. Em agosto, o exército senegalês anunciou a prisão de centenas de migrantes e de indivíduos envolvidos em redes de contrabando.

Em meados de setembro, pelo menos 39 pessoas morreram quando um barco que transportava migrantes afundou ao largo da cidade portuária ocidental de Mbour.

Na sequência da tragédia, o presidente Bassirou Diomaye Fayer  prometeu “perseguir sem tréguas” os traficantes de migrantes e apelou aos jovens para que permanecessem no país da África Ocidental.

Durante uma visita de três dias à África Ocidental, no final de agosto, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez assinou acordos com o Senegal, a Gâmbia e a Mauritânia para promover a migração legal. Os acordos estabelecem um quadro para a entrada regular na Espanha a fim de  diminuir o número de mortes que ocorrem no mar. 

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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