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Ato em SP cobra atuação internacional contra guerra no Congo

Protesto denuncia o silêncio internacional diante do genocídio em curso no país devido aos conflitos na fronteira com Ruanda
Manifestante segura uma bandeira da República Democrática do Congo, na África do Sul.

Foto: Gianluigi Guercia / AFP

22 de março de 2024

A Diáspora Congolesa realiza no domingo (24) um ato pelo fim da guerra na República Democrática do Congo. A concentração do protesto será em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), a partir do meio-dia.

Os manifestantes buscam chamar a atenção para o massacre do povo congolês em conflitos na fronteira do país com Ruanda e questionar o silêncio da comunidade internacional sobre o tema.

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“O evento no Vão Livre do MASP servirá como um espaço de união e solidariedade, onde membros da Diáspora Congolesa e apoiadores se reunirão para elevar as vozes daqueles que estão sofrendo no Congo”, diz o ativista Prosper Dinganga, organizador do evento, em nota.

Só em janeiro deste ano estima-se que 80 pessoas morreram em 23 ataques das Forças Democráticas Aliadas. Em outubro de 2023, 48 civis foram mortos na repressão de uma manifestação contra as operações de paz da ONU. Guerrilhas de organizações paramilitares também fazem parte dos conflitos.

Durante a reunião de emergência sobre a situação do país, o enviado norte-americano da ONU Robert Wood indicou as duas nações – Ruanda e Congo – a suspenderem os conflitos e buscar um “caminho para uma solução negociada e uma paz sustentável”.

A República Democrática do Congo enfrenta uma guerra civil que já vitimou milhões de pessoas ao longo de 25 anos. As Organizações das Nações Unidas (ONU) mantêm no local uma missão de paz, chamada de Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco). 

Os boinas azuis – nome usado pela população para se referir aos soldados da missão – são acusados de não proteger a população civil da disputa de milícias que ocorre há décadas na região. Além disso, o grupo acumula denúncias de violações contra a população e execuções. 

“Este conflito, alimentado por uma complexa rede de interesses políticos, econômicos e étnicos, resultou em décadas de violência generalizada, deslocamento em massa da população civil e uma grave crise humanitária”, comenta Dinganga. 

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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