Faltam quatro dias para o encerramento da campanha de financiamento coletivo do centro cultural Aparelha Luzia, conhecido como quilombo urbano com produção artística e política de pessoas negras. O dinheiro arrecadado vai pagar os custos de mudanças necessárias para que o espaço não seja fechado.
A prioridade é o isolamento acústico, importante para garantir que as atividades não sejam encerradas por conta do barulho, além da reforma da cozinha e da entrada do local, para garantir a segurança dos visitantes. Caso a campanha de financiamento ultrapasse a meta de R$ 120 mil e alcance a arrecadação de R$ 140 mil, será feito um projeto de acessibilidade para que todas as pessoas tenham condições de transitar no espaço.
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O Aparelha Luzia está localizado no centro de São Paulo (SP) e recebe mensalmente diversas atividades artísticas, como shows e intervenções culturais. De acordo com a estimativa da organização, são cerca de cinco mil frequentadores por mês. O número aumenta em datas comemorativas como o carnaval, em fevereiro; festa de São João, em junho; e em novembro, mês da consciência negra.
O espaço foi criado pela ativista, artista, educadora e deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL-SP). O nome escolhido é uma versão feminina de aparelhos, estruturas de resistência contra a ditadura militar na década de 1960. Também é uma homenagem a Luzia, o fóssil humano mais antigo do Brasil.