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Documentário que relata escravidão contemporânea chega aos cinemas este mês

A produção traz depoimentos de pessoas que viveram condições de trabalho sub humanas na região amazônica
Imagem mostra treze trabalhadores que relatam suas vivências vítimas da escravidão moderna.

Imagem mostra treze trabalhadores que relatam suas vivências vítimas da escravidão moderna.

— Reprodução.

2 de janeiro de 2024

Através de depoimentos de abolicionistas modernos e trabalhados rurais vítimas da escravidão contemporânea, o documentário ”Servidão“ investiga a sociedade brasileira que há cinco séculos continua a submeter pessoas, principalmente negras,, a serviços sem remuneração e péssimas condições de trabalho. O filme chega aos cinemas dia 25 de janeiro.

A produção tem direção de Renato Barbieri, que também dirigiu o longa de ficção “Pureza”, tem a narração de Negra Li e conta histórias reais de trabalhadores da região amazônica que vivem em condições desumanas e ganham uma remuneração  de R$ 40 reais ao mês. Além de histórias de crianças, que aos 10 anos de idade, já sustentam suas famílias. 

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Os relatos de historiadores e especialistas em escravidão geram uma fundamentação importante para demonstrar que a escravidão nos séculos XVI, XVII e XVIII baseiam as condições de trabalhos dos homens que vivem em condições análogas a escravidão nos tempos atuais. 

O diretor mencionou uma das histórias mais emblemáticas do documentário e ressaltou que é dever da atual geração erradicar a escravidão contemporânea.

“ Conforme fui conhecendo ‘em campo’ trabalhadores rurais que haviam sido escravizados, fiz uma seleção de personagens reais para o filme. O exemplo mais emblemático é o maranhense de Pindaré-Mirim Marinaldo Soares Santos, que foi escravizado 13 vezes e liberto em três diferentes ocasiões pelo Grupo Móvel. Estou certo de que, passados 135 anos da Lei Áurea, caberá a nossa geração o combate e a erradicação do trabalho escravo contemporâneo. Somente com a sociedade como um todo tomando o projeto abolicionista para si, isso será possível um dia e fato é que não podemos mais adiar isso”, afirma Barbieri.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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