Localizado em São Paulo (SP), o Sesc Santana apresenta nesta sexta-feira (2), às 20h, o espetáculo musical “Bitita, as Composições de Carolina Maria de Jesus”, uma releitura do disco “Quarto de Despejo”, de 1961, da escritora e compositora mineira Carolina Maria de Jesus (1914-1977).
Um ano após lançar o livro “Quarto de Despejo” (1960), obra na qual retratou os seus desafios na periferia como catadora de papel e mãe de três filhos, Carolina de Jesus interpretou a própria obra em 12 composições autorais que integram o álbum homônimo, lançado pela RCA Victor.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
Com o intuito de recuperar a obra musical da escritora e retomar tradições musicais como os cantos de trabalhos e sagrados, em março de 2023, o álbum “Bitita, as Composições de Carolina Maria de Jesus” (Selo Sesc), chegou às plataformas de áudio digitais nas vozes de Nega Duda e Sthe Araujo.
Entre as marchas e sambas do álbum original, faixas como “Rá, Ré, Ri, Ro, Rua”, “Vedete da Favela”, “O Pobre e o Rico”, “O Malandro”, e “As Granfinas”, “Pinguço” e “Macumba” foram regravadas digitalmente.
No espetáculo desta sexta-feira, todas as músicas serão interpretadas por um grupo de percussionistas renomados, composto por AfroJu Rodrigues, Xeina Barros, Maurício Badé, Cauê Silva e Sthe Araujo (direção artística e musical).
O coro será composto por Pedro Lucas Pilar, Aloysio Letra e Tiganá Macedo, enquanto a guitarra ficará a cargo de Lello Bezerra, o cavaquinho será de Henrique Araújo, e o trombone e arranjos serão providenciados por Allan Abbadia para acompanhar as vozes de Nega Duda, Girlei Miranda, Mestre Nico e Sthe Araujo.
Considerada uma das maiores escritoras brasileiras do século XX, Carolina Maria de Jesus foi multiartista, cantora e escritora de contos, crônicas, letras de música e peças de teatro. Ao longo de sua trajetória, a autora também lançou mais três livros: “Casa de Alvenaria” (1961), “Pedaços de Fome” (1963) e “Provérbios” (1963).