Entre os dias 24 e 30 de junho, a Casa Sueli Carneiro abrirá suas portas ao público para atividades gratuitas que celebram a vida e o legado de uma das maiores intelectuais do Brasil. A programação faz parte da terceira edição do Festival Casa Sueli Carneiro, que pela primeira vez acontece de forma totalmente presencial.
O festival é uma homenagem ao aniversário de 74 anos de Carneiro e, com a curadoria das diretoras Luanda Jacoel e Natália Sena, irá promover visitas guiadas na residência onde a escritora viveu por 40 anos, apresentando ao público o acervo, a exposição permanente e o espaço físico do local.
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“O III Festival Casa Sueli Carneiro celebra o legado em movimento de Sueli Carneiro e seus desdobramentos”, afirma Luanda Jacoel, em nota à imprensa. “As atividades desta edição são uma extensão dos trabalhos que a Casa Sueli Carneiro vem desenvolvendo nos últimos três anos”, completa Natália Sena.
Além da Casa, as atividades acontecerão no Instituto Tomie Ohtake, na Biblioteca Mário de Andrade e no Geledés – Instituto da Mulher Negra. Serão mostras de fotografias e filmes e rodas de conversa e literatura sobre intelectualidade, ativismo e artes. A programação também conta com oficinas, sarau e intervenções artísticas.
Para participar, os interessados deverão realizar sua inscrição por meio do site. Algumas atrações serão transmitidas on-line pelas mídias sociais da instituição.
É a primeira vez que a casa realizará atividades presenciais no local. A iniciativa foi criada em 2020, mas atua de forma on-line desde 2021. Com seu trabalho, o projeto busca ampliar a visibilidade e a abrangência do pensamento ativista-intelectual negro no Brasil, sendo constituído como um espaço referência para discussões, reflexões e articulações, com liberdade e autonomia.
Sueli Carneiro é uma figura central e referência histórica para o movimento negro e feminista no Brasil. Com mais de 150 artigos publicados em jornais, revistas e livros, Carneiro é considerada uma das mais relevantes pensadoras nas temáticas de gênero, raça e interseccionalidade. Ela também é fundadora do Geledés, primeira organização feminista negra de São Paulo, criado em 1988 para atuar na defesa dos direitos das mulheres negras