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Filme sobre a imigração haitiana em SC chega aos cinemas em junho

Etarismo, racismo e xenofobia são alguns dos assuntos tratados no filme "Porto Príncipe", que estreia em 13 de junho
A imagem é o cartaz do filme Porto Príncipe e mostra um homem negro e uma branca.

Foto: Divulgação

1 de junho de 2024

 A chegada de um imigrante haitiano em Santa Catarina é o ponto de partida do longa-metragem “Porto Príncipe”. O filme narra a relação entre Bertha, interpretada por Selma Egrei, uma mulher viúva residente de uma chácara isolada na serra catarinense, que começa a enfrentar dificuldades para manter a propriedade funcionando, e Bastide, um imigrante que busca uma nova vida no estado. 

Bertha é pressionada pelo filho, Henrique, que deseja que a mãe vá morar com ele em um bairro rico de Florianópolis. Ao saber da vinda de imigrantes refugiados do Haiti a Santa Catarina, a mulher conhece Bastide – representado pelo ator haitiano Diderot Senat – e o leva para trabalhar e morar com ela.

Ao mesmo tempo em que o convívio transforma a relação de trabalho entre Bertha e Bastide em uma amizade sincera entre duas pessoas de culturas diferentes, que compartilham ideias e sentimentos em comum, a chegada do haitiano alimenta a hostilidade de Henrique, que faz o possível para afastar os dois.

O filme aborda questões latentes como etarismo, racismo e xenofobia em suas diferentes formas na sociedade brasileira. O longa-metragem apresenta um incômodo silencioso que provoca o público, levando a uma reflexão sobre a realidade dos imigrantes negros no Brasil. A ficção de Maria Emília de Azevedo mostra o preconceito velado, sentido diariamente por pessoas negras, principalmente em regiões onde facções nazi-fascistas aumentam a cada ano.

“Porto Príncipe” passou por diversos festivais de cinema, incluindo a 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o 18º Trinidad+Tobago Film Festival, o 22º New York Latino Film Festival, o 27º Florianópolis Audiovisual Mercosul, o 12º Africa International Film Festival (Afriff), e o 32º Annual Pan African Film Festival, o 15º FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, o 26º Rencontres du cinéma sud-américain de Marseille e 30º Festival de Cinema de Vitória.

Na passagem pelo 27º Cine Pernambuco, o longa recebeu os prêmios de Melhor Filme e Melhor Ator para Diderot Senat. Já no Bogotá International Film Festival, além do prêmio de melhor filme, Maria Emília Azevedo, estreando como diretora de longa, levou o prêmio de melhor direção.

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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