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Participação decisiva das mulheres negras nas eleições é tema de debate

9 de março de 2020

Esta é a primeira edição do Giro 2020, uma série de encontros mensais com discussões sobre o processo eleitoral e criação de políticas públicas

Texto / Juca Guimarães | Edição / Simone Freire | Imagem / Larissa Amorim / Divulgação

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A participação das mulheres negras nos debates políticos e nas decisões governamentais é o tema de encontro, que acontecerá nesta terça-feira (10), a partir das 18h, na Casa Fluminense, no Rio de Janeiro (RJ).

A atividade “Reinventar as cidades: mulheres negras no debate eleitoral” faz parte da primeira edição do Giro 2020, uma série de encontros mensais com discussões sobre o processo eleitoral e criação de políticas públicas. A entrada é gratuita.

Neste encontro, a arquiteta e urbanista Tainá de Paulo,coordenadora da Br Cidades Rio, e a internacionalista e mestranda em Ciências Públicas Tainah Pereira vão falar sobre o papel decisivo das mulheres negras na construção de estratégia de articulação política para o fortalecimento da democracia e em agendas de políticas urbanas comprometidas com a redução das desigualdades.

As mulheres negras representam 27% da população brasileira, segundo o IBGE. Tainah Pereira, CEO da ONGuardians e articuladora do movimento Mulheres Negras Decidem, explica que a participação de mulheres negras é fundamental em todas as esferas de representação de políticas institucionais. Isso causa impactos muito positivos nos debates sobre saúde, planejamento urbano, entre outros temas.

“Enquanto mulheres brancas lutavam pelo direito de trabalhar fora, as mulheres negras já dividiam as ruas com os homens, brancos e negros. Experimentando as dificuldades de ambos os espaços, público e privado, sempre foi óbvia para as mulheres a interlocução entre as opressões sofridas em diferentes ambientes. E é aí que está a maior contribuição das mulheres negras para a formulação de políticas públicas: sua visão holística qualifica o debate e permite formulações mais inclusivas e eficazes”, explica.

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