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2° Marcha Transmasculina de SP reivindica direitos básicos para a comunidade

Evento acontece no domingo (30). Na edição anterior, o ato reuniu mais de 10 mil pessoas na Avenida Paulista
Primeira Marcha Transmasculina de São Paulo, em 3 de março de 2024.

Primeira Marcha Transmasculina de São Paulo, em 3 de março de 2024.

— Íra Barillo (@irabarillo)/ Reprodução via Ibrat SP

25 de março de 2025

No domingo (30), a capital paulista receberá a 2° edição da Marcha Transmasculina, com o tema “Transmasculines na linha de frente: Nossa luta é por trabalho, moradia, saúde, educação e dignidade”. A mobilização terá início às 12h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), e seguirá em marcha até a Praça Dom José Gaspar, no centro da cidade.

O ato político visa dar visibilidade a comunidade e reivindicar a luta por direitos fundamentais para garantir a dignidade e sobrevivência da população transmasculina no Brasil. O evento contará com apresentações culturais, oficinas, ações de saúde e discursos que trarão temas sobre a realidade da população no país.

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A iniciativa é organizada pelo Instituto Brasileiro de Transmasculinidades do Núcleo de São Paulo (IBRAT-SP) em parceria com uma rede coletiva. Em fevereiro deste ano, o coletivo realizou uma assembleia popular com mais de 100 pessoas para definir os rumos do movimento. A reunião trouxe pautas e demandas do movimento para que sejam estabelecidas por aqueles que vivenciam essa  realidade.

A primeira edição realizada em 2024 marcou a história do movimento trans no Brasil e no mundo. Segundo dados da Polícia Militar e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o evento reuniu mais de 10 mil pessoas na Avenida Paulista para reivindicar visibilidade e direitos. 

Para Ravi Spreizner, vice-coordenador geral do IBRAT-SP, a marcha é um movimento para fortalecer a visibilidade e reafirmar a resistência da comunidade trans.

“Ser transmasculino no Brasil é existir apesar de um CIStema que nos nega. Mas nós recusamos o apagamento. A Marcha é nosso grito coletivo, nossa afirmação de vida, cultura e resistência. Estamos aqui, organizados e em movimento, porque nossa existência é inegociável e a cidade vai nos ver, nos ouvir e sentir nossa força”, aponta Ravi.

Primeira Marcha Transmasculina de São Paulo, em 3 de março de 2024
Primeira Marcha Transmasculina de São Paulo, em 3 de março de 2024. (Foto: Íra Barillo/Reprodução via Ibrat SP)

O IBRAT-SP é referência na luta pelos direitos da comunidade, além de promover políticas públicas e iniciativas culturais voltadas para o fortalecimento da comunidade. Fundado em 2013 e reestruturado em 2020, tem como objetivo principal garantir visibilidade e políticas públicas para pessoas trans, articulando-se com movimentos sociais, ativistas e parlamentares. 

A organização também realiza eventos para a comunidade transmasculina, como o Encontro de Crianças e Adolescentes Trans, Vozes da Terra (ECAT),  que em sua última edição abordou transmasculinidades em retomada indígena, e Nossos Corpos em Movimento, abordando sobre a saúde mental e física de pessoas trans. Além disso, atua na Frente Parlamentar LGBTQIA+ e no Comitê Municipal de Saúde LGBTQI+.

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