PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Ações policiais matam 50 pessoas na Bahia em menos de um mês

Levantamento apontou que, do início de março até o dia 18, foram registradas cerca de 50 mortes durante tiroteios em operações policiais de 11 municípios baianos
A foto mostra três agentes da Polícia Militar da Bahia (PMBA) armados, em frente a viatura.

A foto mostra três agentes da Polícia Militar da Bahia (PMBA) armados, em frente a viatura.

— Reprodução / PMBA

19 de março de 2025

Na Bahia, ao menos 50 pessoas foram mortas durante tiroteios em operações policiais nos 18 primeiros dias de março. As informações são de um levantamento realizado pelo G1, a partir de dados registrados em todo o estado.

De acordo com a pesquisa, todas as vítimas são do sexo masculino e a maioria dos casos ocorreu em Salvador.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Além da capital, as mortes por intervenção policial também foram registradas em Juazeiro, Porto Seguro, Feira de Santana, Serra Dourada, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Jequié, Senhor do Bonfim, Terra Nova e Cachoeiras.

O levantamento aponta que, somente no último fim de semana (15 e 16 de março), cerca de 14 pessoas morreram durante ações da polícia baiana, em quatro municípios diferentes

Entre os casos listados está a operação deflagrada por policiais militares das Rondas Especiais (Rondesp) da Polícia Militar da Bahia (PMBA), no bairro Fazenda Coutos, em Salvador, que resultou em 12 mortes no dia 4 de março. 

A ação foi considerada a centésima chacina policial desde 2022 e a segunda maior ocorrência do gênero no estado.

A Alma Preta tentou contato com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) para questionar o contexto das mortes. A reportagem também perguntou se algum policial civil ou militar foi afastado em decorrência dos casos, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano