Em rede social, amigos demonstraram estar chocados com o crime, cuja suspeita é de assalto por causa de “um celular, um Riocard e um punhado de reais”; profissional de 34 anos deixa esposa e filho de dois anos
Texto: Juca Guimarães I Edição: Nataly Simões I Imagem: Acervo Pessoal
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O cineasta e produtor cultural Cadu Barcellos, de 34 anos, foi morto a facadas na esquina da rua Uruguaiana e da avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro, por volta das 3h30 da madrugada desta quarta-feira (11).
O profissional foi um dos co-diretores do longa “5X Favela – Agora por nós mesmo” e deu aulas na Escola Popular de Comunicação Crítica. Atualmente, trabalhava como diretor artístico no Grupo No Lance e era assistente de produção e roteirista em programas como Porta dos Fundos e Greg News.
No Twitter, amigos lamentaram a partida do profissional. “Ele foi a primeira referência que tive de uma pessoa jovem e de favela fazendo diferença a partir do local onde vivia”, escreveu Raul Santiago, do coletivo Papo Reto.
Rene Silva, criador do Voz das Comunidades, afirmou que a violência “segue levando os amigos”. “Sem palavras ainda com essa notícia que acabei de receber. Nosso amigo morreu”, escreveu. “Que mundo é esse tão cruel que a gente vive?”, questionou em outra publicação.
A jornalista Flávia Oliveira também demonstrou estar chocada com a morte. “Que tristeza! Como uma barbaridade dessas pode acontecer? Cadu era um jovem talentoso, inteligente, de sorriso franco. Na rede social se apresentava como pai do Bernardo. Um pai”, lembrou.
A Associação Redes da Maré – Somos Todos Maré publicou uma nota lamentando a morte de Cadu e o definiu como “um jovem que tanto produziu pelo nosso território”.
Segundo informações do G1, o cineasta havia saído da Pedra do Sal, no Santo Cristo, em um carro de aplicativo com uma amiga, que seguia para a Zona Sul, e desembarcou alguns quilômetros depois, na região central. Próximo de uma saída do metrô, ele foi rendido e chegou a ser visto gritando por socorro e morreu no local.
O amigo William Oliveira disse que Cadu foi assassinado provavelmente “por conta de um celular, um Riocard e um punhado de reais”. A Polícia Militar informou que o caso doi encaminhado para a Delegacia de Homicídios. Cadu deixa uma esposa e um filho de apenas dois anos.