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Apenas 8% dos negros ocupam cargos de liderança no Brasil, diz pesquisa

O levantamento também expôs as barreiras que dificultam a ascensão a cargos de liderança
Imagem mostra uma mulher negra diante de um computador.

Foto: FEA USP

25 de abril de 2024

Uma pesquisa divulgada pela consultoria especializada em Diversidade & Inclusão, Indique uma Preta, mostrou que apenas 8% dos respondentes negros estão em posições de liderança, destacando a desigualdade racial no mercado de trabalho.

Intitulado “Lideranças em construção: por que a trajetória de profissionais negros é tão solitária?”, a publicação revelou que essas pessoas também possuem menores graus de ensino e fluência no inglês. 

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Além disso, segundo o estudo, devido à ausência de oportunidades de crescimento dentro das empresas, as pessoas negras apresentam um cenário de sofrimento e insegurança psicológica. 

O levantamento também expôs as barreiras que dificultam a ascensão a cargos de liderança no mercado de trabalho. A educação, por exemplo, fator decisivo para contratação, apresenta uma falha estrutural quanto se trata de profissionais negros. 

Segundo os dados, a taxa de analfabetismo de pessoas pretas ou pardas maiores de 15 anos é de 9,1%, frente a 3,9% da população branca. Além disso, mesmo após a Lei de Cotas, de 2012, que contribuiu com o aumento de 205% no ingresso de pessoas negras nos cursos superiores, o levantamento mostra que apenas 21,1% dos respondentes pretos completaram um nível de graduação.

O estudo também indica que, apesar de considerado uma habilidade essencial atualmente, apenas 7% de todos os respondentes dizem ser fluentes em inglês. Desses 7%, 3% são pessoas pretas e 4% brancas.

Quando questionados sobre a existência de ações afirmativas de diversidade e inclusão na empresa em que atuam, 44% dos entrevistados não souberam responder a respeito. 

Diante desses números, o estudo pontua que o conhecimento profundo sobre o racismo, aliado a vontade de imergir na diversidade brasileira, podem apaziguar as desigualdades sociais no mercado de trabalho. Para isso, a ação e a busca por mudança, deverão ser as ferramentas capazes de transformar esse cenário.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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