PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Atleta de vôlei de praia denuncia homofobia de torcida: ‘Me senti acuado’

Em rede social, o atleta brasileiro Anderson Melo compartilhou o momento do jogo onde sofreu homofobia da torcida
Na imagem, o atleta Anderson Melo aparece sentado no chão após o jogo em Recife (PE).

Foto: Reprodução / @andersonmelo92

19 de março de 2024

Anderson Melo, atleta de vôlei de praia, denunciou os ataques homofóbicos que sofreu em quadra, durante partida do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia que aconteceu em Recife (PE). 

Em seu perfil no Instagram, o atleta publicou vídeos onde é possível ouvir os insultos proferidos por parte da torcida.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

“Concentra que a bicha não vai jogar nada. Deixa que a gente vai matar ela aqui.”, diz a torcida em trecho do vídeo.

Ao todo, são seis vídeos que mostram as ofensas do público. Na postagem, Anderson lamenta o ocorrido e apela para a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e para as autoridades locais para serem tomadas as providências.

“Me senti completamente acuado e sem entender porque as pessoas estavam fazendo aquilo. Um ambiente feito para as pessoas apreciarem os atletas, torcer para seus favoritos é claro, mas não necessariamente tentar diminuir, xingar, debochar ou tentar ridicularizar alguém”, comenta o atleta em publicação no Instagram.

O caso foi denunciado na 16ª delegacia no Rio de Janeiro. Em nota, a CBV lamentou os ataques e informou que encaminhará o caso ao Ministério Público local. 

“A CBV lamenta que Anderson Melo tenha sofrido essa violência e está prestando todo o auxílio ao atleta. A CBV reforça que não admite qualquer tipo de preconceito, entende que o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como respeito, tolerância e igualdade; e agirá sempre para coibir qualquer manifestação discriminatória em seus eventos.”, diz trecho da nota.

A Confederação também passou a veicular uma mensagem que repudia os crimes de racismo, homofobia e outros atos discriminatórios. O aviso é divulgado antes de cada partida na quadra central.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano