De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, houve um aumento de 15,8% nos casos de dengue em comparação ao mesmo período do ano passado. Os casos já atingiram 1,6 milhão de pessoas, com maior incidência em Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Santa Catarina e Goiás.
Em relação aos casos de óbitos causados por dengue, houve aumento de 5,4% em 2023 (1.053) com relação ao mesmo período de 2022 (999), no entanto, a taxa de letalidade teve redução de 13%.
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Em referência à chikungunya, nos primeiros onze meses do ano, foram registrados 149.901 casos da doença, uma redução de 43% se comparado ao mesmo período de 2022 (264.365). Foram registrados 100 óbitos causados pela doença em 2023 e 93 no mesmo período do ano passado, um aumento de 7,5%.
Já em relação à zika, até a semana epidemiológica 34, o Brasil registrou aumento de 1% nos casos (7.275), em comparação a 2022 (7.218).
Segundo a pasta, entre os fatores que contribuem para a disseminação tanto da dengue quanto chikungunya e zika, estão as variações climáticas, o aumento das chuvas e o calor intenso, além do número de pessoas passíveis de contrair a doença.
Como parte das ações de enfrentamento, a Saúde anunciou investimento de R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância de arboviroses. Desse total, R$ 115 milhões serão efetivados até o fim de 2023, sendo R$ 39,5 milhões para estados e o Distrito Federal e outros R$ 72 milhões para municípios. Além disso, haverá repasse de R$ 144,4 milhões para fomentar ações de vigilância em saúde em todo o país.
O ministério informou que seis cidades — Natal, Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC) — vão receber o mosquito que não transmite dengue como medida de contenção da doença. O método é conhecido como Wolbachia. Posteriormente, Campo Grande (MS), Petrolina (PE), Belo Horizonte, Niterói (RJ) e Rio de Janeiro continuam no projeto.
A pasta também anunciou a inauguração da Sala Nacional de Arboviroses (SNA), espaço permanente para permitir o monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, chikungunya e zika, e abriu uma consulta pública que propõe a incorporação de uma vacina contra a dengue, a Qdenga.