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Bahia registra 70 denúncias de racismo e intolerância religiosa no 1º semestre

A Secretaria de Igualdade Racial salienta possível subnotificação dos casos devido à falta de conhecimento sobre os direitos e os canais de denúncia disponíveis
Do total, 46 casos foram de racismo, 18 de intolerância religiosa e 6 ocorrências correlatas.

Foto: Reprodução/Câmara Legislativa

2 de julho de 2024

Na Bahia, 70 denúncias de racismo e intolerância religiosas foram registradas no primeiro semestre deste ano. Os dados são do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela (CRNM), ligado à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi). Segundo informações, desse total, 46 casos foram de racismo, 18 de intolerância religiosa e seis ocorrências correlatas.

A secretária da Sepromi, Ângela Guimarães, destaca que é possível que haja uma subnotificação dos casos, devido à falta de conhecimento sobre os direitos e os canais de denúncia disponíveis. 

“A naturalização do racismo e da intolerância religiosa na sociedade, em que atos discriminatórios são frequentemente minimizados ou ignorados, e a crença na impunidade também contribuem para que muitas ocorrências não sejam reportadas. Estamos fortalecendo as campanhas educativas para combater a prática desses crimes e encorajar as denúncias”, salienta a secretária. 

Ações 

Para combater crimes de racismo e intolerância, a Sepromi busca fortalecer as campanhas educativas e realizar atividades itinerantes em festas populares, como a Micareta de Feira, o Bembé do Mercado, o Carnaval de Salvador e os festejos juninos. A unidade móvel do CRNM já visitou 12 municípios do estado e realizou 33 atividades, oferecendo orientações para identificar e denunciar ocorrências, além de ampliar a interiorização do serviço.

O Centro de Referência proporciona assistência psicológica, jurídica e social às vítimas de qualquer forma de violência motivada por racismo ou intolerância religiosa. Para a entidade, é fundamental que as pessoas sejam conscientizadas sobre a importância de denunciar esses crimes e buscar ajuda quando necessário.

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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