A Controladoria-Geral da União (CGU) registrou cerca de 571 denúncias e reclamações relacionadas a assédio sexual em órgãos públicos federais nos primeiros oito meses de 2024. As informações são do painel “Resolveu?”, que reúne as solicitações de 173 ouvidorias de ministérios, universidades, autarquias e empresas estatais.
Do total de manifestações, mais de 97% se referem a denúncias e 2,5% a reclamações. A plataforma conta com um ranking das ouvidorias com maior número de relatos, liderado pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), com 32 ocorrências. O Ministério da Saúde aparece em segundo lugar, com 20 manifestações, seguido pela Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), que totalizou 20.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
A própria CGU também aparece na lista, com 20 denúncias ou reclamações de assédio sexual. No painel, a maioria dos assuntos das denúncias se referem a “condutas de natureza sexual”, somando 246 das representações nas ouvidorias. As demais queixas incluem assédio, conduta docente, assédio em universidade e institutos federais, assédio sexual docente e outros.
O painel dispõe de pouca informação sobre o perfil de quem denuncia. No perfil racial, cerca de 74,91% dos casos não incluíram a declaração racial. Brancos somaram 14,43% das manifestações e negros, 9,62%. Apenas 88 denunciantes informaram o sexo, dos quais 75% eram mulheres e 25% homens.
A ferramenta também contabiliza as manifestações dos órgãos dos executivos estaduais. No mesmo período, foram cerca de 142 denúncias e quatro reclamações do gênero.
A lista de entidades estaduais com maior número de ocorrências tem a Secretaria do Estado de Educação e Desporto Escolar (SEDUC) do Amazonas em primeiro lugar, com 24 registros. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) aparece na segunda posição, somando 21 casos.
Texto com informações da Agência Brasil*