Movimento foi fundado após o massacre ocorrido em São Paulo durante 10 dias em 2006; maioria dos integrantes são mulheres que perderam seus filhos e estão desempregadas ou são trabalhadoras informais
Texto: Nataly Simões | Imagem: Acervo Mães de Maio
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O movimento Mães de Maio criou uma campanha de arrecadação para auxiliar financeiramente na pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, os familiares das vítimas da chacina ocorrida em 2006 e que ficou conhecida como “Crimes de Maio”. A maioria das pessoas que integram o movimento são mulheres que perderam seus filhos e estão desempregadas ou são trabalhadoras informais como manicures, diaristas, entre outros.
“A falta de trabalho causada pela pandemia aumentou a dificuldade dessas pessoas sobreviverem. Diante disso, contamos com a solidariedade para fortalecer as famílias. Contribua o quanto puder”, diz a campanha.
O Mães de Maio é um movimento independente, financiado pela venda de materiais em suas páginas nas redes sociais. A mobilização foi criada após o assassinato de pelo menos 564 pessoas entre os dias 12 e 20 de maio de 2006 no estado de São Paulo. A maioria das mortes foram provocadas por agentes públicos de segurança em uma ação de vingança, conforme indicam pesquisadores.
Mais de uma década após o massacre, apenas um agente foi responsabilizado pelas mortes. Ele foi condenado, responde em liberdade e permanece na Polícia Militar.
A campanha de arrecadação para apoiar financeiramente, com qualquer valor, os familiares que buscam por justiça é feita através de depósito bancário, na conta corrente de Débora da Silva, coordenadora do movimento. Banco do Brasil, agência 6202-1 e c/c 23.322-6.