O Movimento Negro Unificado (MNU) foi a principal organização política da comunidade negra de toda segunda metade do Século XX; evento é organizado pela Frente Alternativa Preta.
Texto / Pedro Borges
Imagem / Divulgação
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Há 39 anos, as escadarias do Teatro Municipal de São Paulo, em plena ditadura militar, eram palco da inauguração do Movimento Negro Unificado, principal grupo político da comunidade negra da segunda metade do Século XX. A celebração acontece no dia 7 de Julho, sexta-feira, das 17h às 22h, no mesmo local e dia em que o MNU foi criado.
Hugo Ferreira, um dos fundadores da entidade, contou ao Alma Preta que, apesar das dificuldades de construção do ato devido à morte e à distância de alguns precursores, o encontro tem a importância de mostrar aos mais novos a histórica luta contra o racismo no Brasil.
A atividade, para além de celebrar os 39 anos do MNU, tem o objetivo de formar um comitê para a comemoração da data em 2018. “A ideia é organizarmos uma comissão para o ano que vem, em memória aos 40 do MNU, fundado em 1978”, explica Hugo Ferreira.
O evento conta com a presença de diversos militantes históricos que participaram da criação do grupo como Milton Barbosa, Neuza Maria Pereira Lima, Reginaldo Bispo, Regina Helena dos Santos Silva, José Adão, Geraldo Potiguar, Leny Blue de Oliveira, Oswaldo Faustino, Hugo Ferreira, entre outros.
Frente Alternativa Preta
A celebração é articulada pela Frente Alternativa Preta, entidade criada em 2017 e que busca possibilitar um posicionamento sólido da comunidade negra diante da conjuntura política nacional. A Frente reúne desde cursinhos populares, coletivos de bairros, estudantes, até artistas e intelectuais, o que a caracteriza como uma organização diversa.
