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Clube de assinaturas de itens de literatura e moda movimenta empreendedores negros

Pioneiro no setor, o Clube da Preta atingiu a marca de R$ 1 milhão repassado a empreendedores, com mais de 600 microempresas beneficiadas

Texto: Caroline Nunes | Edição: Nataly Simões | Imagem: Divulgação

Um dos kits distribuídos para assinantes do Clube da Preta

20 de outubro de 2021

O Clube da Preta, iniciativa de assinaturas que completou quatro anos de existência, já atingiu a marca de R$ 1 milhão repassado para empreendedores negros do Brasil. São mais de 25 mil produtos oriundos de cerca de 600 empresas variadas, a fim de fortalecer a autoestima de pequenas marcas e levar itens de moda e literatura à população negra.

“Quando começamos no Clube da Preta, tudo era muito incerto, mas de degrau em degrau conseguimos atingir essa meta. É uma grande alegria. Conseguimos em pouco tempo dar um retorno que esperávamos a uma parte da comunidade empreendedora. O clube ainda vai movimentar muitos lugares e continuar fazendo esse trabalho de dar acesso a empreendedores através das suas assinaturas”, diz Bruno Brígida, um dos fundadores do projeto.

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São quatro kits diferentes disponíveis para assinatura, cada um com de dois a seis produtos inclusos, com investimento que vai de R$ 49 até R$ 199 mensais, segundo o fundador. Itens de vestuário, livros, revistas e acessórios fazem parte do conjunto de coisas que os assinantes recebem em casa, todos eles feitos por afroempreendedores que atuam com moda, beleza e bem-estar ou cultura, das cinco regiões do país.

Os produtos são pensados a partir da temática racial, fato inédito no Brasil dentre outros clubes de assinatura. “Nosso compromisso é mostrar a diversidade da moda cultural afro-brasileira dentro da nossa caixinha”, salienta Débora Luz, digital influencer e também fundadora do Clube da Preta.

Os fundadores do Clube da Preta: Bruno Brígida e Débora Luz | Créditos: DivulgaçãoOs fundadores do Clube da Preta: Bruno Brígida e Débora Luz | Créditos: Divulgação

“É o nosso propósito. É o que nos move. Atingir este número [R$ 1 milhão] após um ano de pandemia é uma vitória, não só para nós, mas sim para todos os clientes que fazem ou fizeram parte do Clube em algum momento”, completa Bruno.

Valorização dos empreendedores negros

Atualmente, os empreendedores afiliados recebem, em média, R$ 1.800 reais quando há transações entre ele e o Clube da Preta. “Queremos estar cada vez mais próximos ao empreendedor. Pretendemos nos tornar referência para quem está começando a empreender nesse mercado, e para isso estamos trabalhando para nos tornar uma plataforma multicanal, que entenda as dificuldades dos empreendedores e entregue uma ótima experiência ao cliente final. Isso vai para além das assinaturas”, ressalta Bruno.

O fundador do projeto acompreende as dificuldades dos afroempreendedores, principalmente em acessar espaços para mostrar seus produtos. Ele afirma que a valorização de pequenos empreendimentos é o diferencial do Clube da Preta dentre os concorrentes.

“Neste meio de caminho compreendemos que o desafio era a parte de vendas e a falta de conhecimento sobre gestão de negócio. Decidimos então criar uma plataforma que antes seria um marketplace, porém optamos lançar um clube de assinatura, pois assim teríamos uma receita recorrente que nos ajudaria a provisionar melhor. Além de ser bem divertido no ponto de vista do cliente”, avalia.

Para que o afroempreendedor participe, Brígida explica que basta ter um CNPJ ativo e entrar em contato com o Clube da Preta. “Queremos desburocratizar o processo de cadastro ao máximo e ajudar os empreendedores a venderem cada vez mais”, afirma.

Para o futuro, Bruno pretende alçar voos mais altos com o projeto, se tornando referência para quem inicia no nicho empreendedor. “Seja distribuindo por meio das caixas do Clube ou dando acesso e oportunidade para outros clientes”.

Leia também: ‘Afroempreendedoras lançam financiamento para criar escola de costura para pessoas negras’

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