Pesquisar
Close this search box.

Colégio em São Paulo abre bolsas para alunos negros e indígenas na educação infantil

Há cotas para G1, G2 e G3. No G4, além de cotas, há a oferta de bolsas parciais e integrais
Imagem mostra um aluno da educação básica fazendo uma atividade escolar.

Foto: Freepik

25 de junho de 2024

O Colégio Santa Cruz, sediado em São Paulo, anunciou a abertura de bolsas para alunos negros e indígenas na educação infantil. A iniciativa faz parte do Programa Santa Plural, projeto de educação antirracista e ampliação da diversidade racial criado em 2021 pela instituição. As inscrições vão até 8 de setembro

As vagas são destinadas para candidatos nascidos entre  1º de abril de 2020 e 31 de março de 2024. As bolsas poderão ser divididas entre integrais e parciais, conforme as condições financeiras das famílias inscritas no projeto.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

A escola disponibiliza cotas raciais para alunos negros e indígenas pagantes ou que precisem de bolsa integral. Além da mensalidade, a ação inclui — proporcionalmente ao tipo de bolsa — gastos escolares como uniforme, material didático, passeios obrigatórios, lanche diário, atividade extracurricular e a alimentação no dia da atividade.

O Programa Santa Plural surgiu após o brutal assassinato de George Floyd nos Estados Unidos, em 2020. Um grupo de pais de alunos e ex-alunos do Colégio Santa Cruz iniciou uma série de reuniões para discutir maneiras de enfrentar o racismo presente na realidade escolar de seus filhos. Assim, durante o período da pandemia de Covid-19, surgiu a iniciativa, que se fortaleceu com a ajuda de especialistas convidados pelo colégio.

Atualmente, o projeto é fundamentado em cinco pilares e envolver educadores, alunos e famílias tanto dentro quanto fora da escola. Entre eles, está a revisão do currículo e acervo, reconhecendo a contribuição da população negra e indígena para o desenvolvimento social, econômico, político e cultural do Brasil. 

Além disso, os fundamentos incluem a adoção de políticas afirmativas na contratação de educadores, a promoção de formação antirracista para toda a comunidade, e o estabelecimento de um ambiente acolhedor e integrador para alunos, educadores e famílias, e a implementação de programas de reserva de vagas, que atualmente beneficia 30 alunos bolsistas.

O financiamento das bolsas é obtido por meio de doações da comunidade escolar à Associação Santa Plural, uma entidade formada por pais de alunos e ex-alunos do Colégio, sem vínculo direto com o Santa Cruz. 

Outro aspecto fundamental do programa é a oferta de formação antirracista para a comunidade escolar. Nesse sentido, a Associação Santa Plural organizou a trilha de parentalidade antirracista, um evento gratuito composto por oito encontros mensais e presenciais. O objetivo desses encontros é criar um espaço de diálogo e troca de conhecimentos sobre o racismo e suas consequências.

Para mais informações sobre as bolsas, acesse o site do programa.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

Leia Mais

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano