No próximo domingo (16), as mobilizações pelo fim da escala 6×1 retomarão em, ao menos, cinco capitais brasileiras. Os protestos visam pressionar o Congresso para retomar a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende reduzir a jornada trabalhista nacional de 40 para 36 horas.
O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (SINTUSP) divulgou que o protesto acontecerá a partir das 11h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), na Avenida Paulista. Outros atos também ocorreram no interior paulista, em Campinas (SP) e Sorocaba (SP).
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A nota da entidade informa que os funcionários terceirizados da Universidade de São Paulo (USP) realizam a escala 6×1, ao qual os trabalhadores cumprem seis dias consecutivos de trabalho e têm um dia de descanso. O outro regime ofertado aos terceirizados da USP é composto por jornadas de 12 horas por 36 horas.
“Esses trabalhadores além de receberem menos e trabalharem mais, sofrem com constantes redução dos quadros funcionais, fazendo com que tenham de trabalhar cada vez mais nas 8 horas que passam dentro da universidade”, expõe a Sintusp.
Os protestos pela redução da carga horária trabalhista também estão marcados para acontecer nas cidades de Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.
Servidores terceirizados da educação anunciam greve contra escala 6×1 em MG
Na manhã de quarta (12), os trabalhadores terceirizados das escolas municipais de Belo Horizonte realizaram um protesto pelo fim da jornada de trabalho 6×1 e por melhores condições salariais para os servidores.
A categoria é composta por profissionais da limpeza, vigias, porteiros, monitores e funcionários de apoio aos educandos com deficiência, cantineiras, entre outros.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede), há uma defasagem salarial de 9% a 15% em relação a outros profissionais da MGS, que exercem funções equivalentes em diferentes setores.
O ato também defendeu que o ajuste considere a recomposição da inflação acrescida de 10% de ganho real, além da redução da jornada trabalhista sem redução de salários.
Após a manifestação, os trabalhadores formaram uma assembleia que, de acordo com o sindicato, contou com a participação de cerca de 4 mil pessoas.
A reunião determinou o início de uma greve dos terceirizados, prevista para iniciar no dia 24 de fevereiro, caso não haja o “reconhecimento da importância destes trabalhadores para o funcionamento das escolas, por parte da prefeitura”.