O título foi reinvidicado às Nações Unidas pelos países africanos Argélia, Mauritância, Marrocos e Tunísia
Texto: Redação | Edição: Lenne Ferreira | Imagem: Reprodução/Internet
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Paixão nacional, o cuscuz é um dos pratos mais presentes na culinária nordestina. Nesta quarta-feira (16), a iguaria entrou para a lista de Patrimônio Imaterial da Humanidade. Os conhecimentos, as práticas e as tradições relacionadas ao preparo e ao consumo do cuscuz foram reconhecidos pelo Comitê de Patrimônio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), sob a presidência da Jamaica.
A proposta foi apresentada por vídeoconferência pelos países africanos, Argélia, Mauritância, Marrocos e Tunísia, que argumentaram que os saberes e práticas da produção do cuscuz, parte integrante de seu patrimônio cultural, está entre os hábitos alimentares das populações dos quatro países. Os representantes das nações alegaram ainda que pessoas de todos os gêneros, idades, sedentários ou nômades, rurais ou urbanos, incluindo os imigrantes, e em todas as circunstâncias consomem o alimento não só em dias de festa como também nas refeições comuns.
Origem
O cuscuz é um prato originalmente africano, mais precisamente da região do Magrebh, preparado com grãos de sêmola, trigo ou polvilho, que foi disseminado pelo mundo. A região do Magrebh compreende a Tunísia, Marrocos e Argélia e existem registros de que o “Kuz-kuz” já era consumido cerca de dois séculos antes de Cristo.
O português conheceu e usou do cuscuz por aprender dos berberes (primeiros povos que habitaram o norte do continente africano), que segundo alguns autores foram os criadores desse prato. O cuscuz era, segundo Cavalcanti (2010), prato popular em Portugal quando o Brasil apareceu na rota da Índia. O prato teria chegado, segundo algumas hipóteses, à Europa com a invasão muçulmana à Península Ibérica (formada pelos territórios de Gibraltar pertencente ao Reino Unido, Portugal, Espanha, Andorra e uma pequena fração do território da França), no século 13.
Com informações da Fundação Joaquim Nabuco.