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Deputada britânica pede investigação sobre rotulação de alunos negros como ‘educacionalmente subnormais’ em 1960 

De acordo com a deputada, de 1960 a 1970, crianças negras foram rotuladas como “subnormais” e encaminhadas para instituições que permitiam violências
A foto mostra a deputada do Partido Trabalhista do Reino Unido, Kim Johnson.

A foto mostra a deputada do Partido Trabalhista do Reino Unido, Kim Johnson.

— Reprodução / Kim Johnson

14 de março de 2025

No Reino Unido, a deputada do Partido Trabalhista, Kim Johnson, solicitou que o parlamento britânico instaure um inquérito para apurar um escândalo envolvendo a classificação de crianças negras como “educacionalmente subnormais”, ocorrido nas décadas de 1960 e 1970.

Durante um debate na última quarta-feira (12), Johnson defendeu que o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, adote medidas de reparação e justiça às vítimas. 

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A parlamentar declarou que não há dados exatos sobre quantas crianças negras foram encaminhadas para as escolas “educacionalmente subnormais” (ESN, na sigla em inglês), de modo forçado.

Starmer explicou que mesmo com a exclusão destas instituições em 1980, as crianças negras continuaram a ser  excluídas do ensino tradicional do país. 

“Muitas barreiras racistas ainda existem na educação que evoluíram diretamente das políticas e atitudes que impulsionaram o escândalo da ESN”, declarou a deputada, durante o debate.

Dias antes do parlamento debater o tema, vítimas do sistema educacional ESN denunciaram suas vivências nas escolas, que envolvem agressões, humilhações, racismo, violências física e sexual e outros abusos.

Em nota, a ministra da Educação do Reino Unido, Catherine McKinnel, informou que, no momento, não há interesse atual do órgão em estabelecer um inquérito para o caso.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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