No Reino Unido, a deputada do Partido Trabalhista, Kim Johnson, solicitou que o parlamento britânico instaure um inquérito para apurar um escândalo envolvendo a classificação de crianças negras como “educacionalmente subnormais”, ocorrido nas décadas de 1960 e 1970.
Durante um debate na última quarta-feira (12), Johnson defendeu que o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, adote medidas de reparação e justiça às vítimas.
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A parlamentar declarou que não há dados exatos sobre quantas crianças negras foram encaminhadas para as escolas “educacionalmente subnormais” (ESN, na sigla em inglês), de modo forçado.
Starmer explicou que mesmo com a exclusão destas instituições em 1980, as crianças negras continuaram a ser excluídas do ensino tradicional do país.
“Muitas barreiras racistas ainda existem na educação que evoluíram diretamente das políticas e atitudes que impulsionaram o escândalo da ESN”, declarou a deputada, durante o debate.
Dias antes do parlamento debater o tema, vítimas do sistema educacional ESN denunciaram suas vivências nas escolas, que envolvem agressões, humilhações, racismo, violências física e sexual e outros abusos.
Em nota, a ministra da Educação do Reino Unido, Catherine McKinnel, informou que, no momento, não há interesse atual do órgão em estabelecer um inquérito para o caso.