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Dia da Igualdade Salarial: paridade entre homens e mulheres pode levar 257 anos

Desigualdade é um reflexo da baixa presença feminina em cargos de liderança, estagnação salarial e menor participação de mulheres nos espaços de trabalho
Imagem mostra um homem e uma mulher negra, com as palmas das mãos expostas, escrito 50% na palma.

Foto: Reprodução

18 de setembro de 2024

De acordo com o Fórum Econômico Mundial (FEM), a desigualdade salarial entre homens e mulheres é um problema que pode levar 257 anos para ser resolvido, caso o ritmo atual de progresso seja mantido. 

A organização aponta que o resultado é um reflexo da baixa presença feminina em cargos de liderança, estagnação salarial e menor participação das mulheres no mercado de trabalho.

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Nesta quarta-feira (18), a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra o Dia Internacional da Igualdade Salarial, uma data que busca chamar a atenção para a desigualdade entre homens e mulheres. De acordo com a ONU, a desigualdade é um problema persistente que afeta mulheres em todo o mundo, incluindo no Brasil.

A automação e a exclusão tecnológica são obstáculos significativos para as mulheres, segundo a FEM. Mulheres estão subrepresentadas em setores que têm sido fortemente impactados pela automação, como funções administrativas e no varejo. Além disso, há uma escassez de mulheres nas áreas de maior crescimento salarial, como as profissões tecnológicas.

No Brasil, medidas recentes buscam reduzir a disparidade salarial entre homens e mulheres. O Projeto de Lei nº 1.085, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 3 de julho deste ano, estabelece regras mais rígidas para combater a desigualdade salarial. 

A nova legislação exige que empresas com mais de 100 funcionários apresentem relatórios semestrais com informações sobre a remuneração de homens e mulheres.

A legislação também prevê indenização por danos morais em casos de discriminação por sexo, raça, etnia, origem ou idade. Além disso, há incentivos à formação e qualificação de mulheres, com o objetivo de garantir igualdade de condições no ingresso e ascensão no mercado de trabalho.

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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