O Dia Mundial da Cultura Africana e Afrodescendente é comemorado nesta sexta-feira, 24 de janeiro, como um marco internacional para promover a valorização das ricas contribuições culturais das populações africanas e afrodescendentes.
Criada em 2019 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a data destaca a importância de reconhecer e preservar o legado dessas culturas como pilares da diversidade global.
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A escolha do dia 24 de janeiro remete à adoção da Carta do Renascimento Cultural Africano, ocorrida em 2006, na capital do Sudão, Cartum. Esse documento, promovido pela União Africana, enfatiza a importância da cultura como motor de desenvolvimento sustentável, além de reconhecer o papel das tradições africanas na formação das sociedades contemporâneas.
A origem da celebração
A Unesco estabeleceu oficialmente a data para ressaltar o impacto global das culturas africanas e afrodescendentes em áreas como música, dança, literatura, gastronomia, moda, espiritualidade e tantas outras áreas. Além disso, busca promover o combate ao racismo, à discriminação e às desigualdades ainda enfrentadas por essas populações em diversos países.
“Dos tambores do Candombe à cidade de pedra de Zanzibar, para mencionar apenas os bens classificados como património material e imaterial, as culturas da África e da diáspora teceram formas únicas de pensar e sentir, de vivenciar e expressar, através dos séculos e dos continentes”, destacou Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO, em 2021, durante celebrações da data.
A importância da data
O Dia Mundial da Cultura Africana e Afrodescendente visa reafirmar o compromisso da comunidade internacional em preservar as raízes africanas, muitas vezes apagadas ou marginalizadas. A data também reforça o papel da educação na valorização da história e da identidade cultural de africanos e afrodescendentes.
Com uma população afrodescendente de mais de 133 milhões de pessoas vivendo nos países da América Latina, de acordo com o relatório “Afrodescendentes na América Latina”, do grupo Banco Mundial, e cerca de 1,3 bilhão no continente africano, a celebração se torna um momento estratégico para dar visibilidade às demandas e às conquistas dessas comunidades.
Iniciativas relacionadas à data incluem eventos culturais, debates, exposições e ações educativas que promovem o conhecimento sobre a herança africana e destacam figuras históricas e contemporâneas que moldaram a história global.