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Entidades entregam a procurador de Justiça relatório sobre violência policial na Baixada Santista

Instituto Sou da Paz e outras 11 organizações assinam documento que denuncia cerca de 30 mortes cometidas pela PMSP na Operação Escudo
Imagem mostra ação policial na Baixada Santista.

Relatório traz monitoramento da ação policial na Baixada Santista.

— Agnes Sofia Guimarães/Agência Pública

26 de fevereiro de 2024

Entidades e representantes da sociedade civil entregaram ao procurador-geral de Justiça, Mário Sarubbo,  nesta segunda-feira (26) um relatório de monitoramento dos abusos e violações cometidos pela Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) na Baixada Santista.

O documento traz recomendações de combate à violência policial denunciada nas cidades onde ocorre a Operação Escudo. A segunda fase da operação é deflagrada pela PM desde o início de fevereiro e já deixou cerca de 30 mortos.

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Moradores dos municípios de Santos, Guarujá e São Vicente usaram as redes sociais para denunciar os abusos da corporação nas periferias.

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), o relatório é uma iniciativa liderada pela Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo e pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.

Ao todo, 12 instituições assinam o relatório, sendo elas: a Comissão Arns; o Centro de Direitos Humanos e Educação Popular (CDHEP), a Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP, o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana (CONDEPE), o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Instituto Sou da Paz, o Instituto Vladimir Herzog, a ONG Mães de Maio, a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos e a Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio.

Seis parlamentares também assinam o documento, a deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP); a vereadora de Santos, Débora Alves Camilo (PSOL-SP); vereador de São Vicente, Tiago Peretto (PL-SP); e os deputados estaduais Ana Perugini (PT-SP), Mônica Seixas (PSOL-SP) e Eduardo Suplicy (PT-SP).

A primeira fase da Operação Escudo foi deflagrada na Baixada Santista após a morte de um agente policial no fim de julho de 2023 e resultou em ao menos 28 mortes. A ação foi denunciada por órgãos e entidades de defesa aos direitos humanos, e tornou réus dois agentes da corporação.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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