A Justiça de São Paulo aceitou o pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) de tornar réus os policiais militares acusados de matar um homem em Guarujá (SP) durante a Operação Escudo, que deixou 28 civis mortos.

Segundo o MP, após analisar as câmeras de segurança dos militares, depoimentos de testemunhas e agentes envolvidos, cruzamento de informações de laudos periciais feitos durante as investigações da Operação Escudo, a denúncia contra os dois policiais: Eduardo de Freitas Araújo e Augusto Vinícius Santos de Oliveira, foi feita.

Os PMs foram acusados pela morte de Rogério Andrade de Souza, ocorrida na manhã de 30 de julho. O MP informou ainda que há outras 25 investigações em andamento para esclarecer as circunstâncias das mortes decorrentes da operação.

A ação realizada na Baixada Santista de julho a setembro foi uma resposta à morte de um soldado da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota), baleado em 27 de julho.

De acordo com apuração da Alma Preta Jornalismo, um sargento da Rota, identificado como Ivan Pereira e que integrou a equipe da Operação Escudo, teve outros dois processos contra ele arquivados por ações de perseguição e tiroteio que deixou pelo menos quatro jovens mortos entre 2007 e 2008.

Em nota à imprensa, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que vai analisar a denúncia acatada pela Justiça contra os dois PMs envolvidos e que a existência da queixa não desqualifica a operação, já que em 40 dias de ação prendeu suspeitos procurados pela Justiça e apreendeu armas e drogas.