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Estudo do InternetLab revela diagnósticos e caminhos para sustentabilidade das mídias no Brasil 

Relatório destaca a falta de políticas e mecanismos eficazes para a sustentabilidade, principalmente, para mídias produzidas por populações historicamente vulnerabilizadas
Imagem mostra as mãos de um homem negro usando um smartphone.

Foto: William Fortunato/Pexels

3 de agosto de 2024

O Internetlab lançou na sexta-feira (2) um estudo sobre desigualdades sociais e sustentabilidade de mídias no Brasil. Com dados coletados entre 2021 e 2023, o relatório envolve entrevistas e dados, destacando o papel dessas mídias na promoção da diversidade e da pluralidade no jornalismo, em especial em contextos racial, indígena e periférico. 

Dessa forma, a “Desigualdades sociais e sustentabilidade de mídias no Brasil” revela as barreiras e desigualdades relacionadas à sustentabilidade do jornalismo e da comunicação produzidos a partir de mídias negras, indígenas e periféricas/territoriais no contexto da popularização das plataformas de redes sociais e do uso da internet como ferramenta para circulação de informação.

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O relatório produz um diagnóstico inicial sobre sustentabilidade de mídias independentes no Brasil hoje e apresenta contribuições para uma agenda multissetorial que fortaleça todo ecossistema. Também destaca a falta de políticas e mecanismos eficazes para a sustentabilidade, principalmente, para mídias produzidas por populações historicamente vulnerabilizadas.

“Nesse sentido, a pesquisa identificou que as mídias negras, indígenas e periféricas enfrentam barreiras estruturais e desigualdades na distribuição de recursos. A falta de apoio do Estado e da filantropia é um problema recorrente, com pouca ou nenhuma assistência ao jornalismo independente. Como consequência, essas mídias sofrem com a informalidade e a precarização do trabalho, impedindo sua sustentabilidade a longo prazo”, explica Stephanie Lima, coordenadora de pesquisa do InternetLab. 

Para enfrentar esses desafios, o relatório sistematiza as propostas das mídias ouvidas em quatro pontos: criação de um programa estadual de incentivo e distribuição igualitária de publicidade pública; estabelecimento de fundo público e a regulação das plataformas digitais como alternativas para enfrentar esses desafios; criação de um fundo filantrópico para o jornalismo independente; fortalecimento de redes nacionais de mídias negras, indígenas e periféricas/territoriais.

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