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Estudo revela que 41% dos brasileiros veem machismo e racismo em propagandas

O levantamento mostra que as propagandas não condizem com a realidade dos brasileiros
Imagem mostra pessoas caminhando pela avenida Paulista (SP).

Foto: Romeo Campos

24 de maio de 2024

Mesmo acreditando que as propagandas ajudem a criar uma sociedade mais tolerante às diversidades, mais da metade das pessoas  entrevistadas para a pesquisa Oldiversity duvidam da autenticidade das marcas ao falar sobre diversidade. Cerca de 64% das pessoas disseram que gostariam de ver mais elementos da diversidade em ações publicitárias.

O levantamento feito pelo Grupo Croma mostra que nos últimos anos a presença de pessoas pretas, com deficiência e homossexuais ganharam destaque na publicidade nacional e internacional. Porém, os números mostram que o público enxerga machismo e racismo em cerca de 41% nas peças de publicidade. Outros 53% afirma que mulheres ainda são usadas como objetos em propagandas.

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Três em cada dez brasileiros participantes do estudo afirmam que a publicidade no país é racista. Entre as pessoas negras, esta percepção é ainda maior (40%). De acordo com o neurocientista, idealizador do estudo e CEO da empresa, Edmar Bulla, quando se trata de pessoas LGBTQIA+, os índices de associação ao machismo nas propagandas são ainda maiores. 

“Pretos também anseiam por mais representatividade, sendo o público que mais considera a propaganda racista e preconceituosa”, explica o especialista na pesquisa.

O estudo revela ainda que a maioria das pessoas acredita que as propagandas ajudam a criar uma sociedade mais tolerante à diversidade, abordando temas reais e cotidianos dos brasileiros. Para 68% das pessoas que participaram do estudo concordam com essa afirmativa e 51% afirmam que mostram uma realidade que não é a deles.

Por fim, o estudo mostra que 64% dos brasileiros gostariam de ver mais filmes publicitários, campanhas e ações com elementos de diversidade, destacando que o Brasil é um país continental e plural.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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