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Evento de inovação nos EUA destaca Salvador como potência do turismo de diáspora

Painel da SXSW, em Austin, destacou a importância da capital baiana para o afroturismo
Imagem de divulgação do painel "Salvador: Capital Afro e o Poder do Turismo da Diáspora" na SXSW, evento de tecnologia e inovação, apresentado em Austin nesta quinta-feira (14).

Foto: Reprodução/SXSW

15 de março de 2024

O maior festival de inovação e tecnologia do mundo, o SXSW (South by Southwest), sediado em Austin, Texas (EUA), recebeu na quinta-feira (14) o painel “Salvador: Capital Afro e o Poder do Turismo da Diáspora”, destacando a importância da capital baiana como centro das raízes africanas no Brasil e a valorização da cultura afro.

No palco do festival, estiveram presentes Isabel Aquino Ribeiro, responsável pelo projeto Salvador Capital Afro, e Antonio Pita, cofundador e COO da Diaspora.Black, startup focada em promover o afroturismo. “É o momento de o mundo descobrir Salvador”, afirmou Pita, conforme noticiado pela CNN Brasil.

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O jornalista e empreendedor explicou como o turismo pode ser uma ferramenta poderosa para promover a cultura e a economia da população negra, conectando a diáspora africana ao redor do mundo.

“A ideia é usar o turismo para conectar a diáspora africana, quando a população negra foi dispersa em vários pontos do mundo por causa do processo de escravização. Em cada um desses lugares, ela pode se fortalecer, construir uma raiz e tradições marcantes que são atrativos em vários países: em todo o Caribe, a Colômbia, os próprios Estados Unidos”, destacou Pita.

Além de promover sensações de segurança, pertencimento e acolhimento, segundo o veículo Fast Company, o objetivo do empresário é mudar a estrutura imposta por uma visão colonialista. Para isso, ele enfatizou a importância do engajamento de empresas e indústrias para inverter a lógica racista. “Queremos um futuro em que a imagem da pessoa negra seja diferente.”


Antonio também ressaltou a relevância de levar a capital baiana para um festival como o SXSW. “É muito importante a gente reconhecer que existe inovação e criatividade fora dos centros. É um marcador de que, às vezes, a inovação está dentro de casa, a gente só precisa ver com outro olhar. Inovar e mudar o nosso ponto de vista sobre aquela riqueza que a gente já tem. E o Brasil é craque nisso, né? A gente tem uma potência de economia criativa imensa. E não é à toa que a gente está tão presente aqui no SXSW”, concluiu.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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